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Microcefalia: O drama das mães que esperam o diagnóstico dos bebês


Do G1 Caruaru e Região


Mães esperam o diagnóstico dos bebês em Pernambuco (Foto: BBC Brasil)
BBC Brasil/G1 Caruaru e Região



   No sertão pernambucano, 11 mães enfrentam a espera pelo diagnóstico para saber se seus bebês realmente têm microcefalia.


   Elas moram em Itapetim, a cerca de 400 km do Recife, e mesmo tendo sido notificadas no final do mês de novembro, terão que esperar até o dia 28 de dezembro para que seus bebês sejam examinados no Hospital Oswaldo Cruz, na capital, centro de referência para a investigação da má-formação.

   Em todo o Estado, já são 920 notificações — 313 crianças têm o perímetro cefálico (medida da cabeça em sua parte maior) de 32 cm ou menos e se enquadram na definição de microcefalia da Organização Mundial de Saúde.

   Para evitar que gestantes do interior tenham que continuar percorrendo longas distâncias para diagnosticar e fazer o acompanhamento médico de seus filhos, o governo de Pernambuco anunciou que tornaria outras cidades do interior capacitadas para atender as crianças com casos suspeitos e confirmados de microcefalia – Serra Talhada, Petrolina e Caruaru.

   Tanto as mães como as autoridades locais têm mais dúvidas do que respostas sobre a má-formação e sua relação com o zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

   Por causa de uma seca prolongada, a cidade não tem água nas torneiras há quase quatro anos. Em abril, chegou a ter o maior índice de infestação em Pernambuco.

   O cenário — clima quente e bastante água parada — é propício para a reprodução do mosquito.
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