Energia solar pode ser gerada de forma compartilhada em Tacaimbó
Do JC
A empresa GlobalSun lançou nessa semana
condomínio de geração de energia solar a ser compartilhado por pessoas físicas
e jurídicas em Tacaimbó. Inicialmente, serão empregados R$ 450 mil na
implantação de três “parques”, sendo um da própria Publikimagem – que adquiriu
70% do controle da GlobalSun – e dois de companhias que têm sócios em comum (na
GlobalSun e Publikimagem): a BRV, que atua na área tecnologia, e a FBS, do
setor alimentação. A instalação dos equipamentos começa no próximo mês. O
empreendimento reforça o polo de produção de energia solar do Estado,
aproveitando o grande potencial do semiárido para produzir esse tipo de
energia. Mesmo na crise, a expectativa é de que o local receba um investimento
de R$ 10 milhões até o fim de 2017, com um total de 15 parques cada um e
capacidade instalada de 120 quilowatts-pico (kWp), segundo o diretor da Publikimagem,
Bruno Herbert. Isso seria suficiente para gerar energia para 200 mil pessoas.
No condomínio de geração solar, cada empresa
ou pessoa paga o investimento de implantação do seu parque, além de uma taxa de
administração, podendo compensar a energia produzida na sua conta em até 60
meses. O limite de produção é de até 5 megawatts (MW). Geralmente, o usuário
deve implantar um parque que produza até 80% do seu consumo.
“O primeiro passo depois da instalação do
parque é reduzir a conta de luz. Depois, a pessoa ou a empresa vai ter uma
segurança para o futuro. Quem garante que a energia não vai voltar a subir?”,
questiona Bruno. Entre 2013 e 2016, houve um aumento de 56,4% no preço da
energia para os clientes residenciais, pequenos e médios empreendimentos do
Estado.
A implantação do sistema solar no condomínio
sai mais barato. Um usuário que implante placas solares no telhado da sua casa
terá um custo entre R$ 8 e R$ 9 por quilowatt em potência instalada. No
condomínio, ficará entre R$ 5 e R$ 6. “Por exemplo, uma pessoa que tem uma
conta mensal de energia de R$ 200 poderia implantar um sistema com a capacidade
de 300 kWp. No condomínio, o custo seria de R$ 14 mil, enquanto por conta
própria ficaria em R$ 25 mil”, explica o presidente da GlobalSun, Pedro Nunes.
A diferença ocorre porque a companhia vai comprar em grande quantidade,
barateando a aquisição dos equipamentos. A taxa de retorno do investimento
ocorre em cinco anos e o parque tem uma vida útil de 25 anos.
O grupo Publikimagem atua em áreas como
reciclagem e logística, com faturamento de R$ 50 milhões por ano. Já a
GlobalSun é especializada em geração solar e implantou parques solares no
Jardim Botânico do Recife; na Cachaçaria Sanhaçu, em Chã-Grande, e no Parque da
Jaqueira, Recife.
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