Para Armando, PEC da Reforma Política é avanço no sistema brasileiro
Ana Luiza de Souza/Divulgação
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O Senado aprovou a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 36/2016, a da Reforma Política, na última, quarta-feira (23/11),
que estabelece o fim das coligações para as eleições proporcionais e a criação
de uma cláusula de barreira aos partidos. Na avaliação do senador Armando
Monteiro (PTB-PE), a proposta ataca frontalmente a origem das distorções do
atual sistema político e contribui para minimizar a questão da fragmentação
partidária no Brasil. “A PEC 36 representa um avanço importante para o
aperfeiçoamento do sistema político e de representação do País", analisa.
De acordo com Armando, a formação de
coligações nas eleições proporcionais permite, em alguns casos, eleger
candidatos sem voto ou que não têm identidade do ponto de vista programático
com as legendas coligadas. “Os partidos se reúnem e terminam elegendo pessoas
com perfis muito diferentes. O fim das coligações nas eleições proporcionais é
algo que há amplo consenso de especialistas, analistas e da classe política”,
concorda o senador.
Outro ponto positivo da PEC, segundo o
petebista, é a criação da cláusula de barreira. Para Armando, no Brasil há
partidos que se constituem apenas para que as direções tenham acesso aos
recursos do fundo partidário. “São partidos que não têm representatividade
efetiva”, pontua. Para se ter uma ideia, o senador destaca que, hoje, 28
agremiações têm assentos no Congresso Nacional e 11 delas elegeram entre um e
cinco deputados na última eleição. “A fragmentação torna o sistema de
governança muito complicado, e vem produzindo todas essas mazelas que a gente
acompanha”, coloca.
Armando pondera que, embora o tema da
Reforma Política vem sendo debatido há anos pelo Congresso, a atual proposta
traz um rumo para corrigir as distorções do atual sistema. “Acontece que as
propostas anteriores eram tão amplas que você terminava por fazer incursão em
áreas muito complexas da mudança do sistema. A PEC 36 foca nos questões que
hoje representam a origem das disfunções do sistema político”, concluiu.
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Imprensa
de Armado Monteiro
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