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Eternit tem aval para venda de telha que gera energia solar

Desenvolvida no Brasil, a cobertura gera, em média, 1,15 Kwh de energia fotovoltaica por mês. Retorno sobre investimento é de até 5 anos

Cada telha solar, cujo tamanho é de 36,5 cm por 47,5 cm, tem potência de 9,16 watts, o que se reflete em uma capacidade média mensal de produzir 1,15 Quilowatts hora (Kwh) por mês (Eternit/Divulgação)
Eternit, fabricante de materiais para construção, obteve certificado do Inmetro para uma telha de concreto capaz de produzir energia. Dessa forma, a empresa já pode comercializar o produto. A cobertura capta energia do sol por meio de células fotovoltaicas aplicadas diretamente sobre ela, substituindo os painéis solares tradicionais.  
As telhas solares serão produzidas na fábrica da Tégula Solar, marca que pertence ao grupo, em Atibaia, interior de São Paulo. A linha de produção já está rodando, mas, no momento, apenas projetos-piloto, de clientes selecionados pela empresa, estão recebendo o material. A expectativa é de que a comercialização para o grande público comece em meados do próximo ano. 
Cada telha solar, cujo tamanho é de 36,5 cm por 47,5 cm, tem potência de 9,16 watts, o que se reflete em uma capacidade média mensal de produzir 1,15 Quilowatts hora (Kwh) por mês. A empresa estima que o uso da tecnologia possa reduzir o custo de um sistema solar em até 20%. Com isso, o retorno esperado para o investimento é de 3 a 5 anos. Para uma residência pequena, são necessárias cerca de 150 telhas; casas de alto padrão devem utilizar até 600 unidades. O restante do telhado pode ser feito com telhas comuns. 

Produção nacional 

A fabricação nacional de equipamentos de energia solar vem sendo tema de um intenso debate na indústria. De um lado, os defensores da produção nacional e dos benefícios da industrialização. Do outro, os que entendem ser melhor abrir o mercado e deixar a eficiência definir vencedores e perdedores. Dessa vez, a disputa se dá no setor de equipamentos para geração de energia solar. 
O tema foi retomado com a decisão do Governo Federal de isentar a tarifa de importação para mais de 100 tipos de equipamentos fotovoltaicos. Entre eles, diversos módulos, mais conhecidos como painéis solares. Rapidamente, a indústria nacional se posicionou contrariamente ao incentivo. 
“Como eu vou competir se o equipamento importado, que já é subsidiado no país de origem, entra aqui sem pagar nada de imposto?”, questiona Adalberto Maluf, diretor da BYD, fabricante de painéis solares e carros elétricos, de origem chinesa, que opera duas fábricas no Brasil, uma de chassis para ônibus elétricos, inaugurada em 2016, e outra de painéis solares, inaugurada em 2017.
Fonte: Exame.com
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