China sofre com onda de calor histórica
A China vive a mais de 75 dias a maior onda de calor da sua história recente. Grande parte de seu território vem marcando temperaturas acima de 40° C e causa transtornos por todo o país. O Centro Climático de Pequim, órgão governamental chines, contou que o fenômeno começou no dia 13 de junho e é considerado o mais severo devido a sua intensidade, duração e área geográfica atingida.
Essa situação vem afetando toda a população, a agricultura e também as fábricas, que estão sendo obrigadas a parar ou reduzir suas atividades, influenciando negativamente a cadeia de suprimentos global.
Por consequência da seca, vários rios e lagos importantes da China marcaram seus menores níveis, afetando a distribuição elétrica do país. Foram registradas várias ocorrências de falta de energia, especialmente em algumas partes da província de Sichuan, responsável pela maior parte da produção de energia hidrelétrica do país.
O abastecimento de água também foi afetado, piorando a situação da população que sofre com o calor e a seca. A produção agrícola e os animais também foram bastante atingidos e sofreram várias perdas.
O lago Poyang, maior de água doce da China, se encontra com um nível 67% menor que a média dos últimos 10 anos, informou a emissora estatal CCTV. É o menor nível registrado desde o início de seu registro em 1951.
Desmaios, disputas por um lugar à sombra, buscas por um refúgio nos refrigerados mercados e até dormir em beiras de rios se tornaram situações frequentes no país. Outras medidas que a população encontrou para combater a intensa onda de calor foi a mudança para abrigos subterrâneos e restaurantes em cavernas, onde a temperatura é mais amena.
Algumas autoridades chinesas tentam induzir chuvas em partes do centro e sudoeste do país. A semeação de nuvens foi uma alternativa que eles acharam possível para combater a falta de chuvas, lançando 'foguetes' transportando produtos químicos para o céu. No entanto, a falta de nuvens no céu também causou a paralisação dos esforços.
O fenômeno está causando um aumento da discussão sobre mudanças climáticas e necessidade de diminuir a emissão de poluentes e a utilização do carvão. A transição para a utilização de energias sustentáveis, como a solar e a eólica já está sendo implementada no país, mas agora o governo debate sobre a velocidade dessa troca.
*Contém informações do G1 e da BBC
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