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Pesquisadores lançam Atlas do Pernambuco Indígena


De acordo com o IBGE (2010), Pernambuco conta com a quarta maior população indígena do país, com mais de uma dezena de povos indígenas no estado. Com o objetivo de contribuir com os esforços de visibilização dos povos indígenas, os antropólogos e pesquisadores Estêvão Martins Palitot e Lara Erendira de Andrade idealizaram o projeto Atlas do Pernambuco Indígena, portal https://www.atlasindigena.org/ que reúne informações sobre a temática em formato de mapas e textos. O conteúdo foi organizado com o intuito de alcançar um público amplo e não especializado. 

O portal conta com ferramentas de acessibilidade com audiodescrição das imagens e será lançado em evento na sexta-feira (27), a partir das 13h, no auditório do Museu do Estado de Pernambuco (Mepe), com visita à exposição permanente, “Pernambuco, território e patrimônio de um povo”, e roda de conversa. O acesso ao evento é gratuito. O projeto teve o incentivo do Funcultura, Fundarpe, Secult, Governo de Pernambuco.

A pesquisa Atlas do Pernambuco Indígena foi realizada pela doutora em antropologia Lara Erendira Andrade, pelo doutorando em antropologia Jamerson Lucena, pela historiadora e mestra em direito humanos Polyana Medeiros e pela designer e doutoranda em antropologia Juliana Ferreira Lima, sob a coordenação do professor Estêvão Palitot (LAPA/UFPB).

“Os mapas sempre foram instrumentos de conhecimento e de poder. Aquilo que neles aparece tem existência reconhecida. Quando se trata de povos indígenas a cartografia convencional está cheia de espaços vazios. Há um silenciamento enorme sobre a presença e as vidas indígenas. Pretendemos contribuir com a luta histórica dos povos indígenas pelo seu reconhecimento através dessa potente ferramenta que são as cartografias digitais”, ressalto o antropólogo Estêvão Martins Palitot.

“Para nós há uma simbologia muito grande em lançar o projeto neste mês, em pleno processo de retomada da normalidade democrática no país. Entendemos que pesquisa e ação caminham juntas, nossa expectativa é que com o portal possamos colaborar com uma maior visibilidade para os povos indígenas em Pernambuco, e, por consequência, em suas lutas por direitos  sobre seus territórios e culturas e suas demandas por justiça e reparação histórica”, complementa a antropóloga Lara Erendira.

Fonte: Diario de Pernambuco

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