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12 doenças que podem ser tratadas com maconha medicinal


Estudos científicos avançam na medida em que a cannabis medicinal enfrenta ainda barreiras de preconceito. São diversos os benefícios comprovados pelo uso da maconha medicinal de forma orientada, com eficácia no tratamento ou controle de sintomas de doenças e transtornos de saúde. O canabidiol, também conhecido como CBD, e o tetrahidrocanabinol ou THC atuam como neuromoduladores nos receptores espalhados pelo corpo, afetando diretamente o sistema nervoso central. A diferença é que o canabidiol não é mais considerado doping desde pouco antes das Olimpíadas de Tóquio 2020, podendo ser usado por atletas. Já o THC, por possuir propriedades psicoativas, segue na categoria de doping.

– Ao saber dos benefícios da cannabis medicinal para a sua condição, o paciente pode sugerir o tratamento – destaca Vitor Brasil, médico especialista em Medicina Preventiva e Mestre em Educação em Saúde.

Abaixo, listamos 12 doenças ou condições de saúde que podem ter seus sintomas aliviados com o uso de produtos desenvolvidos à base da planta. Confira:

1. Autismo (THC+CDB) - Controle da ansiedade e agitação, reduzindo a hiperatividade e beneficiando o controle do sono.

2. Câncer (CDB, podendo ser associado ao THC) - A cannabis medicinal não trata a doença em si, mas pode ser usada no tratamento de náuseas e vômitos causados ​​por quimioterapia e radioterapia, melhorando a qualidade de vida do paciente.

3. Demências como Alzheimer (CDB) - Redução da gliose reativa e da resposta neuro inflamatória, com indícios sobre os impactos no desenvolvimento de déficits cognitivos.

4. Dor crônica (CDB) - Os efeitos analgésicos auxiliam na redução de dores crônica, incluindo dor neuropática, dor devido a lesões na medula espinhal, artrite, dores musculares e até mesmo em síndromes dolorosas causadas pela endometriose.

5. Espasticidade muscular (THC) - Melhora de quadros de rigidez e movimentos involuntários musculares em pacientes com esclerose múltipla e lesão medular.

6. Epilepsia (CDB) - Melhora significativa das convulsões, sendo uma das principais indicações formais para epilepsias de difícil controle.

7. Estresse pós-traumático (CDB) - Redução dos sintomas de ansiedade e melhora dos parâmetros de sono.

8. Fibromialgia e dor crônica (CDB) - Os efeitos analgésicos e relaxantes ajudam a diminuir dores e inflamações.

9. Transtornos de ansiedade (CDB) - Redução dos sintomas de ansiedade e melhora dos parâmetros de sono.

10. Mal de Parkinson (CDB)

11. Glaucoma (THC) - Atinge diretamente o nervo óptico dos olhos. Como o globo ocular possui receptores canabinoides, a cannabis medicinal pode favorecer a redução da pressão intraocular momentânea. Há relatos de pacientes de que o uso da cannabis medicinal pode reduzir o embaçamento da visão e melhorar a percepção visual.

12. Lesões musculares (CDB) - Contém propriedades analgésicas e anti-inflamatórias que podem ajudar a aliviar a dor associada a lesões esportivas e outras condições. Por melhorar o sono e o estresse, também contribui para a recuperação muscular, prevenindo lesões.

Cannabis medicinal é cientificamente comprovada como eficiente no tratamento de diversas doenças — Foto: Istock Getty Images

Em tratamentos contra o câncer, por exemplo, a cannabis medicinal ajuda a aliviar sintomas como náuseas e vômitos causados pela quimioterapia. De acordo com a neurologista e professora da Unigranrio, Vanessa Gil, ela possui propriedades antieméticas que podem reduzir esses sintomas, além de estimular o apetite em pacientes que estão perdendo peso.

– Esses efeitos podem ser benéficos para o bem-estar geral do paciente e podem contribuir para melhorar sua qualidade de vida durante o tratamento do câncer. No entanto, é importante lembrar que o uso de cannabis medicinal deve ser feito com supervisão médica adequada para garantir que seja seguro e eficaz para cada paciente individualmente – alertou.

Nas últimas olímpiadas, o CBD não entrou na política de anti-dopping para competidores, mas o THC permanece na lista de substância proibidas pela Agência Mundial Antidoping (WADA). Para atletas de alto rendimento, Vitor afirma que a cannabis medicinal, por auxiliar sintomas de estresse e ansiedade muito comuns em épocas de competição, permite que o esportista tenha mais foco. Segundo Vanessa, oferece ainda alívio para uma variedade de condições relacionadas à saúde dos atletas.

– Pode ajudar a reduzir a inflamação em atletas que sofrem de doenças inflamatórias crônicas. Outro benefício é a melhoria do sono, o que é fundamental para a recuperação muscular e o desempenho atlético – completa.

Fontes:

Vitor Jorge Woytuski Brasil é médico especialista em Medicina Preventiva e Mestre em Educação em Saúde e médico integrante da equipe Anna Medicina Endocanabinoide, startup que nasceu para desburocratizar o acesso à cannabis medicinal no Brasil.

Vanessa Gil é médica neurologista e professora da Universidade Unigranrio-Afya.

Fonte: Globo Esporte - GE - G1

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