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Saúde do Sangue ganha atenção especial no mês de junho



A saúde do sangue está em pauta este mês, quando a conscientização sobre a leucemia e a anemia recebe atenção especial, devido às campanhas Junho Laranja – dedicada ao diagnóstico, prevenção e tratamento das doenças – e Junho Vermelho – que sensibiliza para a importância da doação de sangue. Para se ter ideia da relevância da discussão, devem ser diagnosticados mais de 11 mil casos de leucemia, no Brasil, entre os anos de 2023 e 2025, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer). Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 42% das crianças com menos de 5 anos de idade e 40% das mulheres grávidas em todo o mundo são anêmicas, um grave problema de saúde pública global.

A médica Carolina Militão – hematologista com atendimento no NOA (Núcleo de Oncologia do Agreste) – explica que, por terem sintomas parecidos, é preciso buscar um especialista para o diagnóstico e tratamento de qualquer uma das duas doenças, que podem apresentar sinais como fadiga, falta de ar, palpitações, claudicação (fraqueza), sonolência e confusão mental. “Há, ainda, um comprometimento mais evidente relacionado à redução dos glóbulos brancos, o que causa infecções, febre, gânglios linfáticos inchados (ínguas), perda de peso, desconforto abdominal (pelo aumento do baço e fígado), dores nos ossos e nas articulações, entre outros”. Lembrando que a anemia não evolui para leucemia, mas essa pode levar a um quadro de síndrome anêmica.

A leucemia – tipo de câncer mais frequente entre crianças e adolescentes – ocorre quando os glóbulos brancos (fundamentais para o sistema imunológico combater infecções) perdem a função de proteger o organismo contra bactérias, vírus e fungos, passando a ser produzidos de forma descontrolada. Na infância, o câncer tem menos relação com hábitos de vida e exposição a fatores ambientais. Já em adultos, esses são fatores de risco para o desenvolvimento da doença.

Diagnóstico e Tratamento – O diagnóstico da doença acontece através de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos. Para determinar o tratamento – uma vez que diversas modalidades terapêuticas estão disponíveis, a exemplo da quimioterapia e da imunoterapia – um conjunto de fatores são analisados, no paciente: características clínicas, idade, presença de outras doenças, capacidade de tolerar a terapia, além do subtipo da leucemia.

A hematologista ressalta que “a imunoterapia normalmente é indicada para recaída da doença e, se bem indicada, traz resultados muito bons. Já o transplante de medula óssea, é indicado em alguns casos. Por isso, a doação de medula óssea ajuda a tratar os que não têm potenciais doadores na família”.


Pauta: Alessandra Costa

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