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Pernambuco tem 76% dos municípios com pouca capacidade para lidar com deslizamentos, enxurradas e inundações, diz TCE


Levantamento feito pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontou que, em Pernambuco, 76% dos municípios estão pouco preparados para lidar com deslizamentos, enxurradas e inundações. Além disso, segundo o estudo, 106 cidades são consideradas prioritárias por serem mais suscetíveis a desastres naturais.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (7). O TCE fez um questionário com as 184 cidades de Pernambuco e com o distrito de Fernando de Noronha, que, para fins de levantamento, foi considerado como um município.

O levantamento analisou 20 pontos da prevenção a desastres, como, por exemplo, se as cidades têm plano de contingência, mapeamento de áreas de risco, dotação orçamentária para Defesa Civil e programas de habitação para populações atingidas.

Ao todo, 140 municípios atenderam a menos de dez quesitos, e ficaram com as classificações “inicial” (68 cidades) e “intermediária inicial” (72 cidades). Isso significa, segundo o TCE, que eles têm menor capacidade de resposta a um desastre natural.

Entre os 106 municípios considerados prioritários, 49 estão no quadrante mais crítico, porque, embora tenham risco iminente de desastres, contam com poucos mecanismos para proteção de suas populações.

Os municípios foram classificados da seguinte maneira:

Alta: sete municípios;

Intermediária avançada: 38 municípios;

Intermediária inicial: 72 municípios;

Inicial: 68 municípios.

Os sete municípios que obtiveram classificação "alta" foram o Recife, Carpina, Toritama, Solidão, Salgadinho, Triunfo e Itapissuma. Entretanto, somente a capital pernambucana é considerada um município prioritário.

Já entre os que tiveram classificação "inicial", os que tiveram os piores índices entre os municípios considerados prioritários são:

Tracunhaém;

Xexéu;

Arcoverde;

Itaíba;

Orocó;

Pedra;

Santa Filomena;

São João;

Tacaimbó;

Inajá.

De acordo com Alfredo Montezuma, gerente de estudos e suporte à fiscalização do TCE, o tribunal pretende entregar o relatório a todos os gestores e realizar capacitações para que os governantes busquem recursos federais para resolver os problemas.

"A gente precisa conhecer o problema a fundo, por isso buscamos o apoio da Defesa Civil estadual, com apoio dos seus especialistas, e formulamos o levantamento, o questionário, que foi bastante acessado. A partir daí, compreendendo bem a situação, vamos partir para as ações educativas, inicialmente, orientando os gestores sobre como eles devem se estruturar e buscar os recursos disponíveis. Após essas ações iniciais, vamos cobrar com mais contundência", afirmou.

Fonte: G1

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