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Museu que conta história da fábrica Mariola, em Belo Jardim, Agreste, será inaugurado em 2025


Um museu que conta a história da fábrica Mariola, grande produtora de doces caseiros do Agreste de Pernambuco, vai ser inaugurado no município de Belo Jardim, a 183 quilômetros do Recife.

A expectativa é de que o espaço seja aberto ao público em fevereiro de 2025, com o objetivo de preservar o legado cultural e econômico da região. O ponto vai funcionar de terça-feira a domingo, das 9h às 20h, com entrada gratuita.

O Museu Memórias Vivas vai ficar localizado no mesmo prédio da antiga indústria, onde hoje funciona o Instituto Conceição Moura. Por quase 50 anos, o ponto contribuiu para a economia local na fabricação de doces caseiros, e é um espaço central da cidade, principalmente para geração de emprego para a população.


A partir de fevereiro do próximo ano, o público vai poder fazer visitas ao espaço para entender as raízes dos fundadores, Jorge Aleixo da Cunha e sua esposa Quitéria Batista de Lima. O grupo também pretende expor os desafios de empreender na época, além de toda a história da fábrica, que fechou, em 1969, como um pilar da região.

“Trazer a história da Fábrica Mariola para o Museu Memórias Vivas é mais do que preservar o legado de uma indústria; é dar vida às memórias de um povo que ajudou a construir Belo Jardim", começou o curador do Memórias Vivas, George Pereira.

"A fábrica não apenas movimentou a economia e gerou empregos, mas também cultivou afetos, identidade e um sentimento de pertencimento. O museu se torna um espaço onde essa rica história é recontada, não só para aqueles que viveram essa época, mas, especialmente, para as novas gerações que precisam entender o valor desse legado”, completou.

O que vai ser exposto


Ao chegarem ao Museu Memórias Vivas, os visitantes terão a oportunidade de explorar o espaço onde um dia funcionou a fábrica de doces. Serão expostas fotos antigas e objetos pessoais que complementam o ambiente, além de réplicas em 3D dos maquinários para experiência tátil. 

No encerramento, os visitantes serão convidados a refletir sobre o impacto duradouro dessa história para a comunidade local. A visita termina no Cineteatro Cultura com a exibição de um curta-metragem, que aborda temas e memórias explorados na visitação, finalizando com um momento de troca e avaliação entre os visitantes. 

Além da exposição permanente, o espaço contará com uma exposição imersiva temporária. A primeira mostra vai celebrar a identidade e o talento do Agreste pernambucano, com assinatura da produtora cultural e fotógrafa Thalita Rodrigues, cuja obra captura a história local, com reflexões sobre a vida na região. A exposição vai integrar arte, tecnologia e memória, fortalecendo o sentimento de pertencimento e proporcionando uma conexão mais profunda com a riqueza da história regional.

Centro de arte-educação

O Museu Memórias Vivas também vai funcionar como o único centro de arte-educação da região, com visitas que podem ser integradas às atividades já desenvolvidas pelo Instituto Conceição Moura, responsável pela manutenção do espaço. 

Atividades de artes integradas, como música, teatro e tecnologia com robótica, além de exibições de filmes e documentários em uma sala de cinema equipada, também estão previstas.

“Ter um espaço como o Museu Memórias Vivas junto ao Instituto é uma conquista para toda a comunidade. Ele é mais do que um museu; é um complexo de cultura e arte-educação que apoia diretamente os educadores e inspira crianças e jovens”, afirma Taciana Moura, presidente do Instituto Conceição Moura.

Fonte: Folha PE

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