Falta de chuva deixa barragens de cidades de PE em situação de alerta
Do G1 PE.
A falta de chuva na Zona da Mata, no Agreste
e Sertão de Pernambuco
tem deixado o nível das barragens numa situação preocupante. O nível de alguns
reservatórios está muito baixo, e outros estão secos ou quase secos. Moradores
da região que não recebem água em casa estão tendo que recorrer a ajuda de
carros-pipa. O problema foi mostrado no Bom Dia Pernambuco desta quarta-feira
(21/1).
A barragem de Brejinho, que abastecia o
município de Triunfo, no Sertão, está seca desde novembro de 2014. Famílias da
região precisam comprar água para fazer as tarefas domésticas. "Não é
barato", diz a motorista Marluce Pereira. Já no Agreste, a barragem de
Jucazinho, que abastece a cidade de Surubim e outras 14 da região, conta apenas
com 13% da capacidade.
Na Zona da Mata Sul de Pernambuco, a água do
Rio Una está sendo usada em Palmares, mas os moradores convivem com o
racionamento. A água só chega na torneira a cada dois dias. "Eu junto água
na caixa e no tonel, porque pode chegar e pode não chegar", conta a dona
de casa Viviane Ferreira.
O presidente do Serviço Autônomo Água e
Esgoto (SAAE) em Palmares, Alexandre Leão, explica que a região é rica em água,
mas não tem armazenamento compatível. "Nós não temos barragem de grande
porte que acumule água no inverno, para que, no verão, venha a abastecer
normalmente a nossa cidade", aponta.
Previsão de chuva
De acordo com a Agência Pernambucana de
Águas e Clima (Apac), a chuva mais intensa só deve chegar no Agreste e na Zona
da Mata em abril, que é quando normalmente começa o período chuvoso. A situação
no Sertão é ainda mais preocupante, já que a época chuvosa deveria ser no
início do ano.
Conforme o meteorologista Roberto Pereira, a
previsão é que o volume de chuvas seja 30% abaixo do habitual. "Com base
nos últimos 30 anos, chove em torno de 400 milímetros, mas a previsão é que
chova em torno de 270 mm", detalha.
Pereira lembra ainda do El Niño, fenômeno climático que altera o tempo em vários pontos do continente. "É um aquecimento nas águas do Oceano Pacífico, que faz com que ocorram ventos secos, que descem sobre a região Nordeste, inibindo a formação de nuvens e, portanto, afastando a possibilidade de chuva", explica.
Pereira lembra ainda do El Niño, fenômeno climático que altera o tempo em vários pontos do continente. "É um aquecimento nas águas do Oceano Pacífico, que faz com que ocorram ventos secos, que descem sobre a região Nordeste, inibindo a formação de nuvens e, portanto, afastando a possibilidade de chuva", explica.
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