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Pilotos de avião de Campos não tinham treinamento recomendado



Do G1.





   A Aeronáutica divulgou, nesta segunda-feira (26/1), o primeiro relatório oficial sobre o acidente que matou o candidato à presidência Eduardo Campos, do PSB. O documento afirma que os pilotos não tinham o treinamento recomendado.

   Informações colhidas de radares mostram que o piloto do avião, Marcos Martins, escolheu um trajeto mais curto para se aproximar da Base Aérea de Santos. Em vez de seguir a rota predeterminada, que obrigava o avião a sobrevoar a pista duas vezes, desenhando um longo oito no ar, o piloto tentou fazer um pouso direto.

   A diferença de rota fica clara no mapa fornecido pelo Cenipa, Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.

   Gravações de conversas do piloto revelam que ele forneceu informações erradas a um operador de rádio da Base Aérea de Santos sobre a localização do avião para parecer que estava seguindo o procedimento padrão de aproximação.

   A investigação do Cenipa mostra que as condições meteorológicas na hora do acidente eram adequadas para o voo. E que o piloto tinha condições de pousar o avião na Base Aérea de Santos.

   O acidente aconteceu em agosto do ano passado. Depois de uma tentativa frustrada de aterrisagem, que inicialmente foi justificada pelo mau tempo, o piloto arremeteu. E acabou caindo.

    As sete pessoas que estavam à bordo, entre elas o candidato do PSB à presidência Eduardo Campos, morreram.

   As investigações feitas até o momento descartam falha técnica e choque do avião com pássaros ou vants, veículos aéreos não tripulados. Também não foi detectado qualquer foco de incêndio antes da queda.

   Quando caiu, o avião estava a 600 quilômetros por hora. Segundo o Cenipa, não há documentos que comprovem que o piloto e o copiloto tinham a formação adequada para pilotar o Cesna exigida pela Anac.

   “Essa transição do copiloto e do comandante, a gente verificou que eles não tinham essa transição. A gente recomendou à Anac se assegurar que os outros pilotos que tenham a mesma habilitação no Brasil e operem esse tipo de aeronave tenham passado pelo que o certificador primário fala que é o treinamento de transição de diferença”, comenta o tentente-coronel Raul de Souza, investigador da Aeronáutica.
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