Trabalhadores de refinaria em Suape paralisam em protesto
Do G1 PE.
Cerca de 300 trabalhadores da Refinaria
Abreu e Lima, no Complexo Industrial de Suape, estão de braços
cruzados nesta terça-feira. Os funcionários do consórcio Coeg pararam as
atividades para protestar contra demissões e o atraso de pagamentos. Na manhã
desta terça-feira (13/1), o grupo se concentra no canteiro de obras da
refinaria, localizada na cidade de Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores das
Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em
Geral no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE), 337 funcionários do consórcio
foram demitidos em dezembro e até agora não receberam a rescisão do contrato.
“O pagamento estava previsto pra 14 de dezembro, passou para o dia 18, 28, e
por fim 15 de janeiro. Mas, ontem (segunda), o gerente disse que não tinha como
pagar porque a Petrobras
não repassou a verba”, explicou o gerente de crise do Sintepav, Leodelson
Bastos.
A falta de verba também afetou a folha de
pagamentos dos funcionários que não foram demitidos. De acordo com o Sintepav,
os trabalhadores não receberam o salário de dezembro, nem a segunda parcela do
décimo terceiro salário ou a cesta básica tradicionalmente entregue no mês de
dezembro. O plano de saúde desses operários também foi cortado. Por isso, o
grupo decidiu apoiar o movimento organizado pelos demitidos e quem chega para
trabalhar na manhã desta terça está se juntando ao protesto. "Já são mais
de 300 trabalhadores reunidos. Nem todos puderam vir porque retornaram para
seus estados de origem, já que estavam sem dinheiro. Mas eles estão
acompanhando de longe”, ressalta Leodelson Bastos.
De acordo com Bastos, a manifestação desta
terça vai ficar somente no canteiro de obras. No entanto, o grupo pretende
fazer uma passeata na quarta (14/1). “Não vamos fechar a rodovia, mas vamos nos
deslocar até Ipojuca
e isso deve gerar algum engarrafamento”, pontua o gerente do Sintepav. O
protesto deve acontecer no início da manhã e passar pela Rota do Atlântico.
A Pretrobras informou que está atenta ao
problema de atraso do Consórcio Coeg. De acordo com a empresa, as obrigações
contratuais com o consórcio estão em dia e a responsabilidade pelas obrigações
trabalhistas é das empresas contratadas para a execução dos serviços.
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