EUA prometem acabar com corrupção no futebol
Da veja.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos
convocou uma entrevista ontem (27/05) para detalhar a operação surpresa
que culminou com a prisão de sete dirigentes da Fifa - incluindo o
ex-presidente da CBF José Maria Marin - acusados de corrupção, em Zurique. De
acordo com a procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta E. Lynch, o país
está "determinado a acabar com a corrupção no mundo do futebol". O
FBI revelou irregularidades na organização da Copa de 2010 na África do Sul e
da Copa América de 2016, comemorativa ao centenário da competição, nos EUA, e
disse que os acusados podem cumprir até vinte anos de prisão.
"Os
detidos utilizaram suas posições de confiança para pedir subornos em troca dos
direitos comerciais, e o fizeram várias vezes, ano após ano, torneio após
torneio", afirmou Lynch em entrevista coletiva junto com o diretor do FBI,
James B. Comey, e outras autoridades, em Nova York. A procuradora-geral citou,
entre outros casos de corrupção, o processo de escolha da África do Sul como sede
do Mundial de 2010, no qual os envolvidos "corromperam, através de
subornos, para influir na decisão". A acusação também alega que houve
corrupção e subornos na eleição do presidente da Fifa, Joseph Blatter, em 2011,
e nos acordos relativos ao patrocínio da Nike com a seleção brasileira.
Além
disso, segundo a investigação, a Copa América Centenário, que será realizada
pela primeira vez nos Estados Unidos em 2016, "foi usada como veículo em
uma conspiração mais ampla para encher os bolsos dos dirigentes com subornos de
um total de 110 milhões de dólares", que representam quase um terço dos
custos legítimos dos direitos envolvidos nos torneios. "Em resumo, estes
indivíduos e organizações incorreram em subornos para decidir quem
televisionaria as partidas, onde elas seriam realizadas e quem controlaria a
organização que supervisiona o futebol no mundo", acrescentou Lynch.
2014 - Richard Weber, responsável da
seção de investigações criminais da Direção do Imposto de Renda (IRS)
americano, chamou o escândalo de "Copa do Mundo da fraude" e disse
que "a Fifa levou um cartão vermelho". Ele disse ainda que a Copa do
Mundo de 2014, no Brasil, também será alvo de investigações, mas não apresentou
nenhuma irregularidade até o momento.
Já a
promotora federal do distrito de Brooklyn, Kelly Currie, avisou que a detenção
de altos dirigentes "é apenas o início do nosso esforço para combater a
corrupção no futebol". Apesar da crise, a Fifa manteve a eleição
presidencial, entre o atual mandatário Joseph Blatter, e o príncipe da Jordânia,
Ali Bin al-Hussein, para esta sexta-feira.
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