São Bento do Una, Sanharó, Tacaimbó e Belo Jardim têm novo racionamento
Do G1 Caruaru e Região.
Belo Jardim, Sanharó, Tacaimbó e São Bento
do Una também terão um novo calendário de racionamento de água. A assessoria de
imprensa da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) informou que a
medida começa a valer a partir de 1º de junho. Estes municípios do Agreste
pernambucano são abastecidos pelas barragens do Bitury e Pedro Moura Júnior -
que estão com 8% e 9% da capacidade, respectivamente.
De acordo com a assessoria da companhia, o
racionamento tem como objetivo "preservar os mananciais e evitar o colapso
do abastecimento, caso persista a falta de chuvas na região". No
novo calendário, Belo Jardim passarará de três dias com água e 11 sem para três
dias com e 20 sem; São Bento do Una sairá de três dias com e 21 sem para três
com e 24 dias sem água. Tacaimbó, por sua vez, terá dois dias com água e 20
sem. Já Sanharó terá três com e 24 sem, no lugar dos três com e 11 sem água.
Veja
a tabela com o novo cronograma da Compesa:
Entenda o caso
O primeiro cronograma foi divulgado como uma ação protetiva para a Barragem de
Jucazinho, uma das que abastecem os municípios relacionados, a fim
de que não entre em colapso. O reservatório possui capacidade para 327 milhões
de metros cúbidos de água. Em abril do ano passado, estava com 30% disto e, no
fim de abril, abrigava pouco mais de 25,7 milhões - isto é, 7,8%. Diante da
realidade, segundo a assessoria de imprensa da Compesa, foi feito planejamento
com base em dados da Agência de Águas e Clima (Apac), que prevê preciptação
abaixo ou na média para este inverno. O racionamento teve início em 1º de maio
e deve continuar pelos próximos quatro meses.
O problema é tamanho que até a vazão da água
será diminuída. "Decidimos ser transparentes, avisar à população sobre a
gravidade da situação e ao mesmo tempo pedir o seu apoio para a necessidade do
uso racional da água", declarou Roberto Tavares, presidente da Compesa,
por meio da assessoria de imprensa.
Variação entre municípios
Santa Cruz do Capibaribe é o município mais
afestado: já recebe água em dois dias e tem o intervalo de 28 dias sem. A
assessoria da Compesa, no entanto, comunica que este caso é diferente: o
reservatório de Poço Fundo, destinado ao abastecimento local, era pequeno e
secou, mesmo com racionamento. A medida adotada é a de levar para lá a água de
Jucazinho, situado em Surubim, a mais de 60km. O departamento ainda comunica
que existe a intenção de diminuir o tempo de espera para 15 dias.
Ainda entre os maiores intervalos, há os
destinados a Toritama (dois dias com e 12 sem serviço), Gravatá e Bezerros
(ambos: dois com e 10 sem). Isso enquanto um terço dos municípios terá três com
e seis sem. Já na cidade Caruaru o abastecimento ocorrerá de forma difereciada
entre os bairros: 60% deles ficarão quatro dias com água e três sem, enquanto
40% terão fornecimento em três dias e estarão quatro sem. A companhia explicou
ao site de noticias G1 que
tais diferenças no fornecimento ocorrem devido a vários fatores, como o tipo da
de rede distribuição e a topografia.
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