Em PE, pacote federal inclui Arco Metropolitano e duplicação da BR-232
Do G1 PE.
G1 |
Hoje (09/06) o governo federal anunciou
concessão de trechos das BR-232 e BR-101 para exploração pela iniciativa
privada, em um investimento de R$ 4,2 bilhões em rodovias que cortam o nosso
estado. O conjunto de medidas inclui ainda a construção do Arco Metropolitano
do Recife e a duplicação da BR-232 até Cruzeiro do Nordeste, distrito de
Sertânia. Também estão previstas melhorias na BR-101, no acesso ao Porto de
Suape, e no trecho da BR-232 de Caruaru até o Recife. A previsão é de que o
leilão para concessão dos trechos aconteça em 2016; a exploração privada será
de 25 anos.
Desenvolvimento
Econômico de Pernambuco e presidente do Porto de Suape, Thiago Norões, aponta
que o Arco Metropolitano é a obra mais importante no contexto atual da economia
do estado. "É uma obra esperada há muito tempo, que o governo de
Pernambuco estava pronto para realizá-lo em 2013, quando a presidente disse que
faria com recursos públicos. Agora, com a concessão, a gente volta ao modelo
idealizado anteriormente pelo estado. Mas sem dúvida é a demanda mais
importante, principalmente das empresas que estão se instalando da região norte
de Pernambuco", disse.
A
concessão das rodovias em Pernambuco deve fazer parte de um único pacote.
"A gente recebe bem a notícia do pacote. Acredito que o formato do lote
torna a obra muito atrativa, porque engloba grande parte do tráfego do nosso
estado. Deve ser algo bem atrativo, com muitas empresas querendo
investir", falou o secretário.
O anúncio do
pacote de concessões foi feito pelo ministro da Fazenda, Joaquim
Levy, e pela presidente da República, Dilma Rousseff. Com previsão de
investimentos de R$ 198,4 bilhões nos próximos anos, a nova fase do Programa de
Investimento em Logística (PIL) vai privatizar, além de rodovias, aeroportos,
ferrovias e portos em todo o Brasil.
Ainda para
Pernambuco, o PIL prevê o arrendamento de cinco terminais no Porto de Suape, em
Ipojuca, no Litoral Sul, para uso com cargas de contêineres, granéis minerais,
veículos e grãos. O investimento estimado é de R$ 2,1 bilhões e a previsão é
que a licitação aconteça no primeiro semestre de 2016; a concessão deverá ser
explorada por 25 anos.
Para o
governo de Pernambuco, as obras anunciadas são exatamente as esperadas. Como
presidente do Porto de Suape, o secretário Thiago Norões acredita que o anúncio
fortalece ainda mais a posição de Pernambuco no Nordeste. "Suape já tinha
uma série de projetos prontos para aumentar a sua capacidade logística e de
movimentação. O que o governo federal fez foi incluir nesse pacote de
concessões projetos que já estavam engavetados, prontos para sair do
papel", disse. Para Norões, em Suape, a obra mais emergencial é a
construção do novo terminal de contêineres e também do terminal de veículos,
devido à demanda da fábrica da Fiat e do centro de distribuição da Toyota, que
deve ser inaugurado até o final do ano.
Arco Metropolitano
A proposta
de construção do Arco Metropolitano é criar uma alternativa ao tráfego da
BR-101, no trecho que corta a Região Metropolitana do Recife. Dividida em dois
lotes, a rodovia vai ligar a cidade do Cabo de Santo Agostinho, nas imediações
do Hospital Dom Hélder, até o polo automotivo de Goiana, na Mata Norte. O
trajeto é feito por fora da área da BR-101, atravessando a zona rural de
cidades como Moreno e São Lourenço da Mata.
O projeto
já foi assumido como obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do
governo federal, mas enfrenta entraves por conta do seu trajeto, que cortaria
áreas de Mata Atlântica. O governo dividiu a obra em dois lotes. O lote 1 deve
ligar São Lourenço a Goiana e ainda não teve seu trajeto definido, justamente
por conta de uma área de vegetação nativa, nas proximidades de Paudalho. Já o
lote 2 começa no Cabo, passa por Jaboatão do Guararapes, cruzará a BR-232 e
terminará na BR-408, em Paudalho.
No último
dia 28 de abril, a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) entregou a Licença
Prévia (LP) do lote 2 Arco Metropolitano ao Departamento Nacional de Trânsito
(DNIT). Assim, fica permitida a publicação de um edital de licitação que
contemplará os projetos básico e executivo da obra.
Governo federal
O pacote de investimentos é mais uma
tentativa da presidente Dilma Rousseff de modernizar parte da infraestrutura do
país. Essa nova versão do PIL também é uma reação da presidente à queda de sua
popularidade provocada pela desaceleração da economia e as denúncias de
corrupção na Petrobras.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy,
assegurou que não faltarão recursos no Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) para financiar os projetos.
“Não vai faltar dinheiro. Não adianta querer apostar que não vai dar certo. O Brasil tem condições extraordinárias, projetos com demanda firme. O desenho vai estar alinhado com o que é necessário para atrair investimentos de longo prazo, e que vão ajudar a economia local”, disse Levy a jornalistas.
“Não vai faltar dinheiro. Não adianta querer apostar que não vai dar certo. O Brasil tem condições extraordinárias, projetos com demanda firme. O desenho vai estar alinhado com o que é necessário para atrair investimentos de longo prazo, e que vão ajudar a economia local”, disse Levy a jornalistas.
Dos R$ 198,4 bilhões, R$ 66,1 bilhões devem
ser aplicados na modernização (duplicação e melhorias) de rodovias federais. O
governo prevê o leilão de 11 lotes de estradas, totalizando 4.371 quilômetros.
Entre os trechos estão o das
BRs-476/153/282/480, entre Paraná e São Paulo; BR-163, entre Mato Grosso e
Pará; BRs-364/060, entre Mato Grosso e Goiás; BR-363, entre Goiás e Minas
Gerais.
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