Crise impede desapropriação de casa da família de Dilma
A crise econômica atingiu até mesmo a
família da presidente Dilma Rousseff (PT). A Prefeitura de Uberaba, no
Triângulo Mineiro, desistiu de comprar a casa que pertenceu aos avós da petista
na cidade. Declarado patrimônio histórico em 2013, o imóvel seria transformado
numa escola de artes para jovens. O governo municipal já tinha conseguido a
posse da residência na Justiça e até depositou R$ 270 mil em juízo para
indenizar os familiares da presidente. Agora, vai solicitar o dinheiro de
volta.
Mas, desde que foi anunciada a
desapropriação, em julho passado, foram realizados vários protestos contra o
plano. Os manifestantes até entregaram uma carta ao prefeito Paulo Piau (PMDB)
para reivindicar o cancelamento do depósito de R$ 270 mil e a aplicação dos
recursos em serviços de saúde e educação.
Em nota, a prefeitura alegou que houve
apenas a suspensão do processo de desapropriação por causa da falta de recursos
para começar a implantação imediata da escola de artes.
"Em função das dificuldades financeiras
que pesam sobre todos os municípios brasileiros, a prefeitura vai requerer a
suspensão do processo de desapropriação e abrir mão da posse concedida",
afirma o texto. Por outro lado, a nota reforça que a implantação da escola de
artes não será abandonada. A prefeitura não especificou, no entanto, onde ela
será criada.
HISTÓRICO
Dilma nunca morou no imóvel. Ela apenas
visitava o local na infância durante férias com a família. Quem viveu na casa
foi a mãe da presidente, ela morou no local até 1951. O município governado por
Piau, que foi coordenador da campanha de Dilma no Triângulo Mineiro, considerou
que o tombamento preservaria a memória e o valor histórico do imóvel.
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