Dilma sobre transposição: 'não vamos permitir a repetição de histórias tristes'
Do G1 Caruaru e Região
A presidente Dilma Rousseff (PT) disse ontem,
terça-feira (22/12), em Pernambuco, que as obras de transposição do Rio São
Francisco serão concluídas em 2016. "Não vamos permitir a repetição de
histórias tristes, quando existiam famílias e famílias sem acesso a água,
embora vivendo às margens de adutoras ou barragens", afirmou. Ela
inaugurou em Floresta, no Sertão do estado, a segunda estação de bombeamento no
Eixo Leste do Projeto de Integração do rio.
Rousseff destacou que "com a
dificuldade que for, não deixaremos de concluir essa obra no ano que vem".
Em seguida, afirmou que o governo federal "vai priorizar a obra do Rio São
Francisco". Segundo a presidente, dez mil homens trabalham nas obras de
interligação do rio.
De acordo com o Ministério da Integração, conforme
os termos assinados nesta terça-feira por ministros e governadores, serão
investidos em Pernambuco, Ceará e Paraíba R$ 285 milhões em recursos federais
nas infraestruturas de abastecimento que levarão água para as comunidades
rurais às margens dos canais do Projeto São Francisco. Segundo Dilma, os termos
de compromissos garantem as verbas para obras estruturantes que vão levar água
para as comunidades que ficam a até 5 km de distância dos canais do rio.
O projeto de integração do Rio São Francisco
promete beneficiar 12 milhões de pessoas de 390 municípios dos estados de
Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Ao todo, a extensão da
interligação é de 477 quilômetros. Para a presidente, "a integração do São
Francisco avança e não há nada que pare essa interligação; a cada dia que passa
a água é mais fundamental para a vida de cada um nós, porque somos
fundamentalmente água".
Dilma
disse que a falta de água no Nordeste provoca desigualdade regional. “Diminuir
a desigualdade passa por enfrentar o problema da água, do acesso e a garantia a
todas as populações. Aqui, oportunidade igual significa também acesso a água”,
afirmou. Ela falou ainda que apesar de enfrentarmos o quinto ano da seca, “não
tivemos cenas terríveis que eram assaltos a supermercados e feiras, porque
criamos uma rede de proteção com cisternas e milhares de carros-pipa”.
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