Região do São Francisco tem chuva acima do esperado
Timbaúba Agora |
As chuvas na região do São Francisco
pernambucano continuam e já são superiores ao mesmo período dos últimos três
anos. De acordo com o Parque Nacional da Serra da Canastra, que fica a cerca de
quatro quilômetros das nascentes do Rio São Francisco, as precipitações entre 2
e 20 deste mês já chegam a 333 mm. Isto significa três vezes mais que em todo
mês de janeiro do ano passado. O número é considerado pelos especialistas como
bastante significativo visto que a média esperada para esta época varia entre
268 e 280 mm.
Segundo o chefe da instituição, Luiz Artur
Castanheira, outra boa notícia é que somente no dia 20 de janeiro choveu 84mm,
ou seja, 77% do volume ocorrido em todo mês de janeiro de 2015 foi registado
somente em um dia. Embora a chuva tenha dado um alento para os que sofrem com a
seca, a pluviosidade não deverá ser suficiente para encher os reservatórios de
água da região. “Espero que as contribuições das águas aqui da região das
nascentes, protegidas pelo Parque Nacional da Serra da Canastra, e somadas às
vazões de todos os outros importantes afluentes do São Francisco contribuam com
a recuperação do volume dos reservatórios”, destacou Castanheira.
O aumento das chuvas é considerado normal.
Os meteorologistas afirmam que a estação chuvosa normalmente se estende até
março. Mas se esta tendência permanecer, há ainda dois meses de precipitação
para melhorar a situação dos reservatórios. O boletim da Agência Pernambucana
de Águas e Climas (Apac) divulgado ontem, segunda-feira (25/01), mostra que a
situação ainda é preocupante. As barragens de Rosário, em Iguaraci, a Saco I,
em Serra Talhada, e a Cruz de Salina, em Petrolina, estão em colapso. Elas são
alimentadas com as águas do São Francisco e estão com menos de 1,5% de sua
capacidade. A de Algodões, em Ouricuri, tem a mesma classificação, com apenas
0,8% do volume normal.
No quinto ano de seca, 2016- e 2015- teve
ainda um agravante: o fenômeno El Niño, que aquece as águas do oceano pacífico
e traz ventos mais secos para o Brasil, ocasionando a diminuição da
pluviosidade.
Fonte: Blog do Magno Martins
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