Palestra orienta produtores sobre botulismo
Enviado
por: Imprensa FAEPE
Vacinação bovina/ Divulgação |
Morte súbita de bovinos com suspeita de
botulismo tem preocupado os pecuaristas do Agreste pernambucano. Diante desse
quadro, a Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe) e o
Sindicato Rural de Buíque reúnem criadores em busca de informações para evitar
a propagação da enfermidade.
O tema será abordado nesta quarta-feira
(22/03), no município de Buíque, durante palestra ministrada pelo médico
veterinário Benito Caraciolo, técnico da Agência de Fiscalização e Defesa
Agropecuária (Adagro).
“Muitos produtores ainda não sabem como a
doença é contraída e ocasiona a morte dos animais. Por isso é tão importante
conscientizá-los sobre a necessidade de vacinar o rebanho, como principal forma
de prevenção do botulismo”, afirma o presidente da Faepe, Pio Guerra.
O gestor ressalta, ainda, que o fator
climático está diretamente associado à infestação da doença no Estado, que já
enfrenta o seu quinto ano consecutivo de seca. De acordo com o gestor, bovinos
confinados também podem adquirir o botulismo quando alimentados com silagem,
feno ou ração mal conservados, que possam conter matéria orgânica em
decomposição ou carcaças de pequenos mamíferos e aves, que por acidente, possam
ter sido incorporados ao alimento no momento da preparação. “Estas condições
favorecem a multiplicação da bactéria e produção de grandes quantidades da
toxina botulínica”, explica Guerra.
Além disso, reservatórios de água, águas
paradas ou açudes contaminados por carcaças de roedores, pequenas aves ou
animais silvestres, também podem ser considerados como possíveis fontes de
infecção para bovinos a campo e estabulados.
Sintomas
O bovino com botulismo apresenta dificuldade
para se deslocar em consequência da paralisia dos membros posteriores, que ao
se agravar, a afeta também os membros anteriores. Por isso o animal passa a
maior parte do tempo deitado.
Com a evolução da doença, o animal não
consegue mais levantar-se e tem paralisia dos músculos da mastigação, indicada
pela incapacidade de apreender e ingerir os alimentos. No estágio mais avançado
do botulismo, o animal sente dificuldade para respirar, em decorrência da
paralisia flácida progressiva dos músculos esqueléticos, ocasionada pela ação
da toxina, embora apresente estado mental e sensorial normal. A morte do animal
é antecipada por coma, acompanhado de insuficiência e parada respiratória.
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