ÁLBUM DUPLO EM HOMENAGEM AO CANTOR E COMPOSITOR ACCIOLY NETO SERÁ LANÇADO NO RECIFE
Noites de autógrafos contarão com exibição do documentário ‘Leonardo Bastião – o poeta analfabeto’, de Jefferson Sousa; e exposição de quadros de Fernando Duarte
Responsável por criar músicas que ultrapassaram as fronteiras do Nordeste, o cantor e compositor pernambucano Accioly Neto, que morreu há 19 anos, ficou conhecido nacionalmente devido aos sucessos ‘Lembrança de um beijo’ e ‘Espumas ao vento’, gravadas por Fagner, em 1994 e 1997, respectivamente, nos álbuns ‘Caboclo sonhador’ e ‘Terral’. Para homenagear o artista que deixou como legado uma obra totalmente enraizada na memória afetiva do nordestino, será lançado ‘Natureza sonhadora – Tributo a Accioly Neto’, um álbum duplo reunindo músicas inéditas e as que fizeram sucesso em todo o país, nas vozes de Zélia Duncan, Romero Ferro, Zeca Baleiro, Fagner, Chico César, Almério, Clayton Barros, Elba Ramalho, Flávio José, entre outros artistas. No Recife, serão duas noites de autógrafos, que contarão com a presença de Talitha Accioly, filha do homenageado e idealizadora do projeto: na Fundação Joaquim Nabuco, dia 25 de novembro, a partir das 19h, com exibição do documentário ‘Leonardo Bastião – o poeta analfabeto’, de Jefferson Sousa; e no dia 27 de novembro, na loja Passadisco, às 19h, com exposição “Asas” (em comemoração aos 40 anos do Asas da América), de Fernando Duarte.
Sob a direção musical do compositor e músico André Macambira e produção e coordenação executiva de Talitha Accioly, o álbum tributo contou com os arranjos de Yuri Queiroga, Juliano Holanda, Renato Bandeira e Júlio Cesar Mendes. “A ideia inicial era fazer um CD duplo, que teria 20 músicas, mas a gente ampliou e ainda faltaram muitas músicas, outros artistas que gostariam de participar, mas não tinha mais como comportar tudo isso”, explicou Talitha. Ao todo, são 33 músicas em gravações realizadas por vários artistas. Coube a Mariana Aydar a colocar voz na música ‘Saudade da Boa’, o canto de Romero Ferro traz a poesia de ‘Engano Seu’, Zélia Duncan aparece em ‘A Natureza das Coisas’, Lucy Alves em ‘Espumas ao Vento’, entre tantas outras canções que marcaram a carreira de Accioly Neto.
“É uma relação sentimental e familiar, minha mãe, Tereza Accioly, participou como consultora. Meu marido, André Macambira, dirigiu e minha prima, Diana Lins, fez a parte gráfica como designer. Não poderia ser diferente, tem muito sentimento nesse projeto”, contou Talitha. Distribuído pela Tratore, a coletânea que tem incentivo do Governo do Estado, através do Funcultura, chega às lojas no dia 22, quando estará disponível também nas principais plataformas digitais, assim como o site http://www.acciolyneto.com.br.
Sobre o artista – José Accioly Cavalcante Neto nasceu em 11 de julho de 1950. Pernambucano de Goiana, radicado no Recife desde os dois anos de idade, Accioly Neto foi o caçula de uma família de 12 filhos. Na estrada, fez grandes amigos e se firmou nacionalmente como compositor. Cantava a política, os temas sociais, o amor, os sentimentos dos sertanejos, dos nordestinos, dos brasileiros. Iniciou sua carreira em 1975, como vocalista dos grupos Bulldog e Big Som, no Rio de Janeiro. Nesta época, também, deu início a participações em festivais nacionais de música. No final dos anos 70, no Recife, liderou o grupo Acalanto, como baixista, cantor e compositor. A década de 80 foi grandiosa para Accioly, que foi finalista de importantes festivais, como o MPB 81, firmando o seu nome como cantor e compositor. Nos anos 90, após sofrer um grave acidente, Accioly Neto se dedicou principalmente às composições. Foram cerca de 800 músicas compostas, 300 delas cantadas por artistas de todo o Brasil. Faleceu em 29 de outubro de 2000, aos 50 anos.
Danilo
Mendonça
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