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Menino pede ‘milho’ ao Papai Noel para o seu cavalo e comove

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   Fim de ano, Natal se aproximando e nada mais natural para uma criança do que pedir presentes para o Papai Noel.

   Boa parte da criançada costuma pedir brinquedos, roupas, e até um notebook novo. No entanto, um garoto de 11 anos surpreendeu seus colegas e professores ao pedir algo muito mais singelo: dois sacos de milho para alimentar o seu cavalinho, entre outras coisas.

   Pedro Zilch, que mora no Loteamento Beckenkamp, em Santa Cruz do Sul (RS), frequenta  um projeto social que visa amenizar suas dificuldades e desafios do dia a dia.

   Desde que a mãe faleceu no ano passado, vítima de um câncer, ele divide as responsabilidades domésticas com os irmãos – Isidor, de 7 anos e Mateus, de 14 – e o pai, Isidor Renê Zilch, que trabalha colhendo fumo em Passo do Sobrado.

   Todas as manhãs, Pedro participa das atividades do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, promovidas pela Associação de Projeto Educacional e Social para Crianças e Adolescentes (Aesca) no turno inverso aos estudos – ele frequenta o terceiro ano da Escola Harmonia.

   Durante uma dessas atividades, a inocência misturada à maturidade precoce do garoto vieram à tona e chamaram a atenção da recreadora Roriane Peres Chagas.

   “Nos foi proposto que organizássemos com as crianças a produção de cartinhas para o Papai Noel, que a Philip Morris iria apadrinhar. As crianças pediram inúmeras coisas, como roupas, tênis, brinquedos, mochilas e materiais escolares diversos. No entanto, a carta do Pedro não pedia presentes, mas sim materiais para atender às necessidades da sua família e do seu cavalinho”, disse a recreadora.

   Na carta escrita à mão, Pedrinho pede dois sacos de milho, um pelego, uma rede de pesca, um saco de bolitas e um “telefone de mexer na tela”.

   “Os sacos de milho quero dar para o Gateado. O pelego é para poder montar de forma mais fácil, e quero tirar fotos dele com o telefone. O saco de bolitas é para dar ao meu irmãozinho, e a rede de pesca é para ir com o meu pai pescar no açude”, explicou Pedro ao portal Gazeta do Sul.

   Os inocentes pedidos do garoto repercutiram enormemente nas redes sociais. Tocada pela carta, Roriane repassou o conteúdo aos seus parentes, que possuem forte ligação com o tradicionalismo. “Eles se comoveram com os pedidos do Pedro e começaram a encaminhar para vários grupos de WhatsApp, de modo que viralizou”, afirmou.

   Segundo Veridiana Knod da Rocha, coordenadora do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do Beckenkamp, várias empresas da região demonstraram interesse em atender aos pedidos do jovem.

   “Ainda estamos revisando as cartinhas de todas as crianças para enviar à Philip Morris, sobretudo os tamanhos das roupas que pediram. No entanto, diante da repercussão da carta do Pedro, muitas doações já estão sendo encaminhadas”, ressaltou.
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