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Médico fala de problemas na voz que podem surgir ao falar com máscaras

Todos nós sabemos que o uso da máscara é fundamental para minimizar os riscos de contaminação pelo novo coronavírus. E, além dos cuidados de manipulação e higienização do acessório, outra medida é importante para preservar a saúde. Nesse caso específico estamos nos referindo à voz.

Ao falarmos com a máscara na frente da boca é natural tentar compensar o som abafado em uma conversa falando mais alto. Essa reação automática é bem simples de explicar: as pessoas querem ser ouvidas bem.

Mas o médico otorrinolaringologista Milton Souza Leão Jr. explica que, por mais que o objetivo seja melhorar a comunicação, falar muito alto provoca riscos à saúde vocal.

“A voz é produzida pela laringe, é um som básico, emitido pela vibração das pregas vocais. O esforço aumentado da potência vocal pelo uso de máscara pode causar disfonia, comprometendo a fala e a comunicação, podendo associar com rouquidão, pigarro, ardência na garganta, cansaço ao falar, dificuldade em manter a voz, tensão na musculatura cervical. O esforço, quando é demasiado, pode até mesmo evoluir para nódulos vocais, que são pequenos espaçamentos das cordas vocais que ocorrem quando há mal uso da voz.”

Com mais esforço ao falar, os desgastes nas cordas vocais aumentam. Por isso, é preciso tomar certos cuidados na hora em que estiver falando de máscara, como esclarece Milton.

“O ideal é tentar falar de maneira pausada, articular melhor as palavras e ficar atento à respiração. Outra dica importante é realizar lavagem nasal com solução salina, que hidrata as vias aéreas. Ingerir também bastante água e ter uma rotina de sono e alimentação saudável e atividades físicas”, orientou o médico.

Nos casos onde a prevenção não foi feita e o desconforto já é sentido, o doutor milton orienta algumas medidas simples que podem ser tomadas dependendo da situação da voz do paciente.

“Em caso de desconforto, o que recomendamos é beber pelo menos seis copos de água por dia e evitar a automedicação. Pastilhas, sprays e receitas caseiras, só com orientação médica. Caso o problema persista por mais de uma semana, é fundamental procurar um especialista para investigar o caso.”

Com paciência, educação e sem exageros, é possível que todos possam se proteger e se comunicar perfeitamente bem.

Fonte: Wildes Brito
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