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Túlio Gadêlha protocola representação contra Sara Winter por divulgar local que criança realizaria aborto

Na manhã desta terça-feira (18), o pré candidato à prefeitura do Recife e deputado federal, Túlio Gadêlha, protocolou uma representação junto ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra a ativista de extrema direita Sara Winter. A denúncia está relacionada ao episódio protagonizado por Winter no último domingo (16), quando ela divulgou o local em que uma garota de 10 anos estaria realizado um aborto legal em razão de estupro.

O documento alega que ao indicar nas redes sociais a unidade de saúde que a criança realizaria o procedimento, Sara incitou a obstrução do cumprimento da decisão liminar do Tribunal de Justiça do Espírito Santo - o qual havia autorizado o aborto legal. Em consequência disso, motivou aglomeração de pessoas e manifestações hostis à equipe médica - causando danos estruturais ao Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM).

Sendo assim, a representação aponta a ativista por incitar a prática de crimes (artigo 286 do Código Penal), tais quais: crime de dano qualificado e infração contra medida sanitária preventiva - descumprindo as recomendações de distanciamento social (Decreto Estadual n 49.055/2020 PE), o qual proíbe aglomeração com mais de dez pessoas.

"Um ambiente que deveria ser acolhedor às vítimas, virou palco de guerra. Atacaram o médico responsável chamando-o de “assassino” e forçaram a entrada no hospital. As cenas que rodaram a internet representam não só o ápice da falta de respeito, mas também o retrato da perversidade", comenta Gadêlha.

De acordo com o Código Penal brasileiro, o aborto é permitido em caso de estupro, quando a gestação apresenta risco de vida à gestante e por entendimento jurisprudencial emitido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do julgamento da ADPF nº 54/2012 - quando constatada a anencefalia do feto. A decisão no caso da garota que veio ao Recife realizar o procedimento tem respaldo pela legislação, pela Ordem de Advogados do Brasil (OAB) e segue recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU).

Fonte: FolhaPE
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