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Segunda quarentena poderia ter sido evitada, mas Paulo Câmara já cogita uma terceira


Coluna do Diego Lagedo: Chega ao fim a segunda quarentena em Pernambuco. Esse novo período de restrições, segundo o Governo do Estado, serviu para que fosse possível a abertura de novas UTIs, tendo em vista que a ocupação dos leitos estava chegando perto dos 100%.

Porém, alguns questionamentos sobre essa segunda quarentena são inevitáveis. Em primeiro lugar, a quarentena de 2020, que durou meses, serviu para preparar o estado para a pandemia, por que o Governo de Pernambuco fechou leitos e hospitais de campanha após o primeiro pico de contágio?

Além disso, mesmo com uma grande quantidade de verbas acumuladas nos cofres públicos, em grande parte, por conta dos recursos destinados ao combate à Covid-19, por que o governador Paulo Câmara deixou faltar leitos de UTI?

Por fim, por que o Governo de Pernambuco não se adiantou à aceleração do contágio e tomou medidas menos danosas para evitar um novo pico da Covid-19 no estado?

Já ficou claro que o Governo de Pernambuco não está empregando todos os recursos disponíveis para combater a Covid-19, o que foi constatado após um pedido de Informação que mostrou que o estado não aplicou centenas de milhões de reais em verbas destinadas ao enfrentamento da pandemia.

O governador parece não entender a gravidade da situação que o país passa, economizando ou até mesmo gastando os recursos destinados ao combate à pandemia com outras despesas sem relação com o vírus.

Se o Governo de Pernambuco tivesse feito tudo que estava ao seu alcance, empregando todos os recursos em saúde e prevenção, o estado não teria passado por uma segunda quarentena extremamente danosa para a economia e algumas vidas a mais poderiam ter sido salvas.

O que se percebe é que governar via decreto sai muito mais barato do que investir em fiscalização e UTIs. Além disso, por que um governo que já encruou no poder e é capitaneado por um burocrata de carteirinha iria se compadecer com o sofrimento de milhões de pernambucanos impedidos de ganhar seus sustentos?

Ao que tudo indica, o governador não aprendeu nada com seus erros passados e pretende seguir com o mesmo modelo ineficaz de combate à pandemia, baseado em picos de contágios seguidos de quarentenas. A prova disso está no seu aviso à população: “Nada impede que uma nova aceleração da pandemia nos obrigue a retomar medidas mais duras de isolamento”. Salve-se quem puder!

Pernambuco em Pauta

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