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Setor da Construção Civil deve permanecer em alta em 2022


O setor da Construção Civil se manteve em alta mesmo durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19. Os números refletem a busca das pessoas por melhores condições de moradia – com reformas, construção ou mudanças para imóveis prontos. Mas, qual a expectativa para o segmento frente a possibilidade de recessão econômica em 2022? Apesar de, em nível nacional, se estar muito próximo de um cenário recessivo - com a taxa de juros Selic acima de 10% ao ano - e o setor poder ser impactado negativamente, devido ao menor crédito no mercado e níveis de endividamento das famílias, alguns segmentos da construção civil podem manter um bom desempenho. 

No caso do Agreste de Pernambuco, especificamente, há dois fatores positivos, que o diferencia do panorama nacional: alta taxa de crescimento econômico, além da expansão da população, que recebe fluxo migratório de outras regiões. Em Caruaru, por exemplo, a taxa de crescimento é de 9,8%. Por causa dessa peculiaridade, tanto o mercado popular quanto o de luxo podem ter um bom desempenho. O primeiro por haver um déficit habitacional e o segundo por depender menos de taxas de juros. 

Em Caruaru, um exemplo é a Unique Construtora, que atua no segmento de alto padrão. O engenheiro e sócio diretor da empresa, Fellipe Arruda, concorda que o panorama para 2022 é de boas expectativas, sobretudo para o mercado de luxo. "Com o isolamento social e outras restrições provocadas pela pandemia, as pessoas passaram a buscar morar em imóveis maiores e com mais conforto, o que acaba criando um cenário de movimento para o nosso segmento. Então, todo empreendimento que é colocado no mercado com uma proposta diferenciada gera boa possibilidade de sucesso. Diante disso, a gente vem se posicionando bem, sobretudo por trazer empreendimentos com propostas vanguardistas, o que faz com que as pessoas procurem por nosso produto", comemora Fellipe Arruda.

Panorama Nacional – Para representantes do setor, considerando os efeitos negativos da pandemia, os dados são considerados até animadores, uma vez que os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados em setembro de 2021 atestam que o setor cresceu 2,7% no segundo trimestre do ano e o mercado residencial revelou números positivos: de acordo com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), as vendas de imóveis cresceram em 72,1%, no segundo trimestre de 2021 em comparação com o mesmo período de 2020, ano no qual as vendas aumentaram 26,1% em relação a 2019.

O presidente da Abrainc, Luiz França, em recente artigo publicado no jornal Estadão e divulgado no site oficial da Associação, disse que "a subida da inflação e os recentes aumentos da taxa Selic fizeram com que aumentassem as preocupações sobre o futuro do setor imobiliário. [Porém], um aspecto que pode influenciar o crescimento do setor em 2022 são os investimentos represados". Durante quase dois anos de cenário mais grave da pandemia se preferiu não entrar em grandes investimentos. As pessoas agora estão em busca de novas oportunidades e possibilidades, segundo ele.

França também considera que, "ao avaliar o novo cenário, com aumento de juros e inflação, aliado a um expressivo aumento nos custos de construção, muitos investidores começaram a pôr em xeque a continuidade desse bom desempenho". Para gerar sentimento de segurança, ele traz alguns dados importantes: a baixa taxa de inadimplência do financiamento habitacional, sendo de 0,9% ao ano (julho/21); a consolidação do distrato, com o marco legal em dezembro de 2018; e a confiança dos empresários do setor. Para se ter uma ideia, a pesquisa Abrainc-Deloitte do 3° trimestre revela que 80% dos incorporadores pretendem comprar terrenos nos próximos 12 meses, o que é bastante positivo, levando em conta o longo ciclo da incorporação.

Esse otimismo do mercado também encontra respaldo em números como o da valorização de 19% no preço dos imóveis em 2021 somado ao alto déficit de moradias (7,8 milhões de famílias), sendo esse último direcionado ao segmento popular. Já o mercado de luxo, em geral, foi o setor que menos sofreu consequências negativas. No segundo trimestre de 2021 foram lançados 60.322 imóveis do tipo, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e o mercado imobiliário de alto padrão alcançou um crescimento de 32%, em relação a 2020, de acordo com a Abrainc. 

A Unique Construtora, por exemplo, lançou dois empreendimentos em 2021, ambos assinados pelo arquiteto Juliano Dubeux: o Alameda Unique, que será erguido no bairro Universitário, área nobre e valorizada da cidade e vai contar com duas torres residenciais (a Garden, com vista para a cidade e apartamentos de 135 metros quadrados com três suítes, sendo dois por andar; e a Smart, com apartamentos de um a dois quartos e a grande novidade que alguns terão loft duplex); e o condomínio horizontal Oasis Home Park, que vai estar localizado nas proximidades do Centro Acadêmico do Agreste da UFPE, que conta com 230 lotes e uma gama de profissionais renomados envolvidos em sua construção, entre eles, o paisagista Benedito Abbud, e a PMZ Arquitetura, que assina a ambientação.

Claudio Rodrigues, Staff Comunicação

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