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Pernambuco reage com ironia à ação da União sobre Fernando de Noronha


O estado de Pernambuco reagiu, em tom de ironia, na tarde de hoje, após o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolar ontem uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para que o arquipélago de Fernando de Noronha volte a ser um território federal. Trecho da nota R E L A C I O N A D A S O comunicado cita ainda que a 9ª Vara da Justiça Federal de Pernambuco já havia se manifestado favoravelmente ao estado. "Enquanto a 'ação' do governo federal se limita às cortes, o governo de Pernambuco tem intensificado as entregas na ilha com recuperação das Do UOL, em São Paulo.

"A população de Fernando de Noronha gostaria que o governo federal tivesse a mesma persistência e celeridade que empenha num processo judicial extemporâneo e que agride a Constituição para fazer cumprir a promessa, divulgada em 2019, de que iria realizar o saneamento básico da ilha. O projeto básico do esgotamento sanitário foi enviado ao Ministério do Meio Ambiente desde fevereiro de 2020 e vem sendo reiteradamente ignorado."

O comunicado cita ainda que a 9ª Vara da Justiça Federal de Pernambuco já havia se manifestado favoravelmente ao estado. "Enquanto a 'ação' do governo federal se limita às cortes, o governo de Pernambuco tem intensificado as entregas na ilha com recuperação das estradas vicinais, instalação de iluminação de LED, reforma do porto e o fim do rodízio no abastecimento de água com um novo dessalinizador. Além dos projetos ambientais de destaque como o Plástico Zero e o Carbono Zero, referências nacionais de preservação ecológica", pontua. "Fernando de Noronha sempre fez parte de Pernambuco.

Por sua localização estratégica foi considerada território federal em 1942 e utilizada como base militar na época da Segunda Guerra Mundial. Com a Constituição de 1988, voltou a compor o patrimônio do estado de Pernambuco. É um orgulho do povo pernambucano e vai continuar sendo", conclui. Na ação, a União diz que o estado de Pernambuco descumpre reiteradamente o contrato de cessão de uso do arquipélago, citando: A peça também fala em "outras irregularidades identificadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU)", mas não especifica quais são essas. 

O governo também argumenta que há um "conflito federativo" entre a União e o estado de Pernambuco, que afetaria a gestão patrimonial, fiscalização, proteção ao meio ambiente e comunidades locais. No fim, a União pede que a Corte determine que "o domínio sobre o Arquipélago de Fernando de Noronha é de titularidade integral da União", e determine "o imediato cumprimento, pelo Estado de Pernambuco, do inteiro teor concessão de autorização para construções na faixa da praia sem o aval da Secretaria do Patrimônio da União; criação de um "Termo de Permissão de Uso" contra a legislação e também sem o aval da SPU; crescimento da rede hoteleira em ocupações irregulares; conflito de competência na proteção do meio ambiente entre o Ibama Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco - CPRH;

A peça também fala em "outras irregularidades identificadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU)", mas não especifica quais são essas. O governo também argumenta que há um "conflito federativo" entre a União e o estado de Pernambuco, que afetaria a gestão patrimonial, fiscalização, proteção ao meio ambiente e comunidades locais. No fim, a União pede que a Corte determine que "o domínio sobre o Arquipélago de Fernando de Noronha é de titularidade integral da União", e determine "o imediato cumprimento, pelo Estado de Pernambuco, do inteiro teor.

Disputa por forte No mês passado, a Justiça Federal negou um pedido da União para retomar o Forte dos Remédios, um monumento tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). O local é um ponto turístico tradicional da ilha, visitado por pessoas que vão ao arquipélago desde 1988.

No caso do forte, a disputa começou em novembro do ano passado, quando a SPU (Secretaria de Patrimônio da União) enviou ofício ao governo de Pernambuco, informando a retomada da gestão do forte, tirando da administração da ilha e devolvendo ao governo federal. À época, a Autarquia Territorial Distrito Estadual de Fernando de Noronha reagiu e não o devolveu.

Em nota, Noronha lembrou que o arquipélago foi reincorporado ao patrimônio jurídico do Estado de Pernambuco na Constituição de 1988. "Pertencendo, como efetivamente pertence, ao Estado de Pernambuco, por força direta da Constituição Federal, é inadequado falar em 'retirada' ou 'retomada' da gestão do Forte dos Remédios", dizia o texto.

Ideia antiga

A ideia do presidente de federalizar o território de Fernando de Noronha não é nova. Em transmissão ao vivo nas redes sociais em novembro de 2020, ele exprimiu o interesse, dizendo que o local parecia ser uma "ilha de amigos"."Vamos tentar, se for possível, federalizar Fernando de Noronha, acabar com essas questões de que não pode parar navio lá. Fazer realmente um polo turístico", disse.

O arquipélago de Fernando de Noronha é um distrito estadual que pertence a Pernambuco. O administrador do território é indicado pelo governador do estado e votado pela Assembleia Legislativa. Atualmente, o governador é Paulo Câmara (PSB), filiado a um partido de oposição a Bolsonaro.

Em março de 2020, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) chegou a prometer, em visita ao local, que o governo federal iria "desatar nós" e colocar Fernando de Noronha na rota dos cruzeiros internacionais.

Com informações do UOL 

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