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Ex-deputado estadual e federal Egídio Ferreira Lima morre aos 92 anos, no Recife


O ex-deputado estadual e federal Egídio Ferreira Lima morreu no Recife, na madrugada deste sábado (16), aos 92 anos. Considerado um dos grandes nomes da redemocratização no país, após o golpe militar de 1964, o ex-parlamentar faleceu em casa, em decorrência de complicações renais e pulmonares.

Segundo os familiares, o velório de Egídio Ferreira Lima ocorre neste sábado (16), a partir das 11h, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na área central do Recife. O enterro está marcado para as 16h, no Cemitério de Santo Amaro, na mesma região.

Egídio Ferreira Lima era viúvo. Ele deixou uma filha e três netos. Juiz de direito do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e professor da Faculdade de Direito do Recife, participou das ações contra o regime militar e se destacou na política nacional.

História

Ele nasceu em Timbaúba, na Zona da Mata de Pernambuco, em 26 de agosto de 1929. Em 1955, formou-se em ciências jurídicas e sociais pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Líder estudantil, começou a carreira política como vereador de Timbaúba, em 1950. Deixou a Câmara Municipal em 1955.

No mesmo ano, tornou-se Juiz, permanecendo no cargo até 1963. No mesmo ano, pediu exoneração para se dedicar à política.

Dois anos depois, virou professor da Faculdade de Direito, no Centro do Recife. Egídio se elegeu deputado estadual em 1966 pelo MDB, partido de oposição aos militares.

Em 1969, teve os direitos políticos cassados, após a decretação do Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968.

Em 1970, colaborou com a criação do grupo dos “autênticos” do MDB, considerado a ala mais à esquerda do partido.

Em 1974, foi um dos principais coordenadores da campanha que elegeu Marcos Freire ao Senado Federal.

Como advogado, foi titular do conselho secional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Secção Pernambuco, entre entre 1972 e 1982.

Com a anistia, em 1979, recuperou os seus direitos políticos. Em novembro de 1982, elegeu-se deputado federal por Pernambuco, na legenda do PMDB, assumindo o mandato em fevereiro de 1983.

No mesmo ano, foi indicado pelo líder do seu partido, Freitas Nobre, para ocupar a vice-liderança. Durante o seu mandato, integrou-se à Comissão de Constituição e Justiça.

Repercussão

Por meio de nota, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), afirmou que Egídio "foi incansável na defesa da reabertura política e dos direitos dos trabalhadores durante sua sólida carreira como advogado, juiz, professor de direito e deputado, integrante inclusive da Assembleia Nacional Constituinte na década de 80".

Também por meio de nota, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Mano Medeiros (PL), afirmou que "Pernambuco perdeu um político que marcou época por seus posicionamentos firmes e pela defesa que fazia do nosso estado".

Segundo ele, Egídio "deixa uma lacuna difícil de ser preenchida, mas ficam seus ensinamentos para as novas gerações".

Fonte: G1

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