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Proibido cores néon e joias: laboratório em Pernambuco ensina o que fazer para não atrair tubarões


Pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco produziram um material educativo para orientar banhistas a se protegerem contra ataques de tubarão. Nas últimas duas semanas, já foram registrados três casos nas praias da Grande Recife.

Entre as orientações, está a proibição do uso de joias, objetos metálicos e roupas com cores néon. Isso porque o brilho atrai os animais. Pessoas que têm algum ferimento também não devem entrar na água, já que esses animais podem notar o sangue na água e entender ser alguma possível presa.

O material foi realizado pelo Núcleo de Educação Ambiental, Coordenado pelo Laboratorio de Etologia de Peixes (LEP) e Laboratório de Oceanografia Pesqueira (LOP) da Universidade Federal Rural de Pernambuco e está disponível nas redes sociais.

O que evitar:

Regiões com placas de advertência

Áreas sem proteção de arrecifes

Maré alta

Ao amanhecer e ao cair da tarde

Em desembocaduras de rios e estuários

Se a água for mais alta que a cintura

Durante períodos chuvosos e em águas turvas

Nadar sozinho

Após consumir bebida alcoólica

O que leva ao grande número de casos?

Pesquisas apontam que um conjunto de fatores pode influenciar esse aumento do perigo nessa região, já que as espécies de tubarões que frequentam a costa pernambucana são as mesmas de todo o litoral brasileiro.

Construção do Porto de Suape: levou à criação de barragem de rios e à redução de estuários, um ambiente aquático de transição entre um rio e o mar que é bastante frequentado pelo tubarão-cabeça-chata para reprodução e caça.

Tráfego de navios: os tubarões costumam seguir návios atraídos, inclusive, por material orgânico despejados das embarcações. Com o Porto de Suape, eles passaram a frequentar mais a área da Grande Recife.

Relevo: a praia tem uma profundidade de mais ou menos dois a três metros, e logo após essa faixa, há um canal que tem a profundidade de 5,5 metros a 6,5 metros, fazendo com que os tubarões possam entrar nessa área e se alimentar. Esse canal paralelo à faixa de areia condiciona o tubarão a nadar junto às praias, evitando o seu afastamento em direção ao mar alto.

O que aconteceu com as vítimas?

Uma adolescente de 15 anos teve parte do braço amputado. Ela foi atacada nesta segunda-feira na praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes (PE).

Na véspera, a apenas um quilômetro dali, um menino de 14 anos teve sua perna direita amputada.

Em Olinda, também no Grande Recife, houve o caso de um surfista mordido na perna por um tubarão em 20 de fevereiro. Ele recebeu alta após passar 10 dias no Hospital da Restauração.

Fonte: O Globo


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