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Arena de Pernambuco 10 anos: Cidade da Copa, o bairro que nunca saiu do papel


"O projeto não foi entregue completo. Ao não ser entregue completo, as coisas ficaram pelo caminho." A frase, dita por Daniel Coelho, atual secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco é sobre a Arena de Pernambuco, que completa 10 anos nesta segunda-feira.

A ideia era de construir um projeto "monstruoso", para impressionar países de primeiro mundo. Mas depois de tanto tempo, o projeto da Cidade da Copa - que ia além de um estádio, com universidade, shopping center, centro de convenções, hotéis, museu, teatro e conjunto habitacional - ficou pelo caminho.

Mesmo com três estádios no Recife - Aflitos, Arruda e Ilha do Retiro -, a Fifa, à época, considerou que nenhum deles estava apto para receber a Copa por conta da falta de espaço para cumprir alguns requisitos, como estacionamento, instalação de equipamentos, estúdio de transmissão internacional, de acordo com Ricardo Leitão, secretário extraordinário da Copa 2014.


Propostas apresentadas

Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes apresentaram propostas para sediar a construção da Arena, mas a cidade escolhida foi São Lourenço da Mata, com o propósito de desenvolver o oeste da Região Metropolitana do Recife.

Além da Arena, estava prevista a construção o projeto da Cidade da Copa. Mas a única promessa entregue foi o estádio.

Com 46 mil lugares à disposição, a Arena tem hoje a segunda pior média de público na temporada entre as 12 arenas que receberam jogos da Copa do Mundo de 2014 - de 3.069 pagantes em apenas 11 jogos por temporada.

Legado prometido... e não cumprido


Inaugurada em maio de 2013, a Arena recebeu, neste mesmo ano, três jogos da Copa das Confederações. E em 2014, cinco jogos da Copa do Mundo foram disputados em Pernambuco.

Passado o Mundial, o legado prometido não foi deixado. De acordo com Zeca Brandão, arquiteto do projeto da Cidade da Copa, o modelo apresentado para a Fifa foi bastante elogiado, sendo, inclusive, recomendado a outras cidades.

"A gente tinha essa visão macro de planejamento urbano, de possibilidade de reestruturar a cidade com o empreendimento. Um plano estratégico com intervenção em várias áreas, segurança, mobilidade, hospedagem, todas as áreas que a Fifa cobrava".

Ainda segundo Brandão, o "erro" aconteceu na hora da execução. Pela celeridade exigida para a entrega da obra, acabou acontecendo uma execução mais pontual.

Para Ricardo Leitão, houve falta de investimento. Além da falta de acessos aos contratos.

"Nós tínhamos contratos com o governo federal, onde o governo do estado entrava com uma parte, e o governo federal com outra, mas o governo federal não arcou com o combinado", completa.

Fonte: GE

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