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8 de janeiro: movimentos sociais fazem ato em defesa da democracia e pedem condenação de invasores golpistas, no Recife


Movimentos sociais realizaram uma manifestação nesta segunda-feira (8), no Recife, para marcar um ano das invasões golpistas às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023. A manifestação, intitulada "Democracia inabalada", aconteceu entre as 10h e as 11h30, em frente ao Monumento Tortura Nunca Mais, na Rua da Aurora, bairro da Boa Vista, área central da cidade.

Durante o evento, os manifestantes pediram a condenação de todos os envolvidos nos atos golpistas, assim como o fortalecimento da democracia através dos movimentos populares.

A mobilização foi convocada pelo Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social (Cendhec), pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Também contou com a participação de sindicatos, movimentos culturais e representantes do Ministério Público (MPPE) e do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

Segundo Jaqueline Dornelas, representante da CUT e uma das organizadoras do evento, o ato não foi convocado em nome do presidente Lula (PT), mas sim em respeito à escolha popular que o elegeu.

"Convocamos movimentos populares em defesa da população LGBTQIA+, negra e periférica para defender, não necessariamente, o governo Lula, mas sim o governo escolhido pelo povo. Hoje é um dia de defender a democracia. A gente não vai admitir golpe no Brasil", disse Jaqueline.

Nas invasões do ano passado, milhares de vândalos invadiram e depredaram os palácios do Planalto, do Congresso e do STF. O Ministério Público Federal (MPF) calculou que os custos com o vandalismo ultrapassam R$ 25 milhões — a maior parte no Supremo.

Ao todo, 1.354 ações foram abertas no Supremo Tribunal Federal contra acusados de envolvimento com o ataque. 30 pessoas já foram condenadas, e uma já teve a execução da pena autorizada.

Para Sandra Gomes, professora e psicóloga participante do Movimento dos Trabalhadores Cristãos (MTC), a data se tornou um marco em defesa da democracia e dos direitos sociais.

"É importante estar na rua, mesmo que seja um ato simbólico, mas a gente [não pode] deixar passar. A gente quer lembrar que esse dia foi o dia de uma tentativa de golpe — graças a Deus, fracassada, porque os Três Poderes agiram, e a gente tem que estar na rua para defender a democracia", afirmou.

O estudante de marketing Inaldo Lucas, que faz parte da União da Juventude Socialista (UJS) apontou que o lugar escolhido para o ato também era uma forma de lembrar os casos de tortura durante o período que que o Brasil passou pela ditadura militar.

"Aquele ataque não foi só um ataque físico a uma estrutura, ao Congresso, ou ao Planalto, mas sim um ataque a toda democracia. Hoje nós estamos aqui, perto do monumento Tortura Nunca Mais, que fala justamente sobre a tortura no período da ditadura, para que a gente não deixe que isso volte a acontecer no Brasil", justificou o jovem.

Fonte: G1

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