Clubes aprovam novas regras contra discriminação na Superliga
Do GE
Foto: FRV |
Em votação unânime nesta segunda-feira, a
Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) aprovou alterações no regulamentos
das duas divisões da Superliga sobre atos discriminatórios. Representantes de
35 dos 48 clubes estavam presentes e deram voto positivo às alterações, que têm
efeito imediato.
A partir desta segunda-feira, atos discriminatórios
passam a ser considerados gravíssimos e podem resultar em multa, perda de
mando, perda de pontos, suspensão ou eliminação da liga. Se o ato for feito por
um torcedor, o clube será punido administrativamente. Vale ressaltar, no
entanto, que todas as sanções precisarão passar pelo crivo do STJD.
– Os clubes compreenderam a importância dessa
mudança e apoiaram a iniciativa da CBV. É um passo importante para inibir e
punir atos discriminatórios de qualquer natureza, que não são admissíveis no
ambiente do voleibol brasileiro. A parceria dos clubes foi fundamental para que
as alterações já entrassem em vigor na rodada desta segunda-feira. O vôlei
brasileiro continuará atento e unido na missão de utilizar o poder do esporte
como ferramenta da construção de um mundo mais igual e livre de preconceito –
disse Radamés Lattari, presidente da CBV.
A Confederação Brasileira de Vôlei também
divulgou novos procedimentos a serem adotados por atletas, comissões técnicas,
árbitros e delegados das partidas. Antes mesmo de os jogos começarem, deverão
ser feitos anúncios sobre a gravidade de atos discriminatórios. Se ocorrer
algum ato, a partida precisará ser paralisada para comunicação dos fatos e
tentativa de identificar os infratores, inclusive com auxílio policial.
Caso as ações discriminatórias não cessem após a
paralisação e divulgação de novas mensagens pelos sistemas de som dos ginásios,
as partidas deverão ser suspensas e até canceladas. Ainda há orientação para
que tudo fique registrado na súmula e nos relatórios dos jogos.
Denúncias de racismo na Superliga B
Em janeiro, duas denúncias de racismo ganharam
notoriedade na Superliga B. Primeiro, jogadoras do Tijuca Tênis Clube relataram
ofensas de torcedores do Curitiba Vôlei. Depois, Alessandro Fadul, técnico do
América-RN, alegou que foi chamado de “macaco” por torcedor do Goiás.
A CBV afirma que se reuniu com todos os clubes
envolvidos nos casos, recolheu os posicionamentos oficiais e enviou ao STJD os
materiais disponíveis para análise. A entidade ainda diz que acompanhará os
desdobramentos.
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