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Trabalhadores sem-teto ocupam entrada da prefeitura do Recife contra despejo de terreno no Engenho do Meio


Trabalhadores sem-teto ocuparam a entrada da prefeitura do Recife na manhã desta segunda-feira (11), em protesto contra o despejo das famílias da Ocupação Companheiro Lourenzon, localizada no Engenho do Meio, na Zona Oeste da cidade. Os manifestantes chegaram a bloquear a Avenida Cais do Apolo, segundo a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU).

O protesto é coordenado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) em Pernambuco. Segundo a organização, desde outubro de 2023 mais de 400 famílias ocupam um terreno abandonado por décadas no Engenho do Meio e que, desde então, começaram a ser ameaçadas de despejo.

De acordo com a CTTU, às 11h50 os manifestantes bloquearam os dois sentidos da Avenida Cais do Apolo no trecho em frente à prefeitura.

Por isso, uma equipe de agentes de trânsito está no local para orientar os motoristas sobre os desvios que estão sendo feitos na altura do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e na rotatória nas proximidades da prefeitura.

No terreno ocupado pelos sem-teto está instalada a antena desativada da Rádio Paulo Freire, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

De acordo com o MTST, o terreno está localizado numa área residencial e, por isso, "se tornou um problema para os moradores do bairro. Mas, justamente por ser tratar de uma área abandonada, já foi cenário de crimes e é potencialmente um local para assaltos e violência contra mulheres".

Ainda de acordo com o MTST, a UFPE, dona do terreno, alega ter um projeto de ampliação da Casa do Estudante para o local.

Por nota, a prefeitura do Recife disse que o terreno pertence à União e "que se mantém aberta ao diálogo com os movimentos sociais". Disse ainda que, por solicitação da universidade, "no final de 2023, a Secretaria de Habitação esteve na ocupação Companheiro Lourenzon para, em parceria com o MTST, fazer um levantamento das famílias" e que as informações foram repassadas à UFPE.

O g1 entrou em contato com a UPFE, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

Fonte: G1

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