Comandante se aposenta na Azul com 30 mil horas de voo e é homenageado
Com quase 30 mil horas de voo ao longo da carreira, o piloto Renato Mello, que acaba de se aposentar na Azul, com uma surpresa e a presença de amigos e familiares tem muitas histórias para contar e ensinar aos novos pilotos. Ele foi protagonista, desde o início, da história da companhia
Renato Mello, de 71 anos, tem uma trajetória de 49 anos na Aviação, e 16 deles dedicados à Azul, sendo responsável pelo comando dos primeiros voos da aérea, o gaúcho e eterno comandante encerrou oficialmente sua carreira no início do ano, com uma homenagem-surpresa, que contou com os aplausos de colegas, amigos e familiares, em sua última aula de instrução de voo.
Os voos a serem alçados agora serão outros, mas o gaúcho, pai de duas mulheres e avô de dois netos, o Pietro e o Santiago (respectivamente de 8 e 4 anos de idade), sempre terá lições a ensinar para os jovens pilotos. Sua trajetória e suas vivências se confundem com a própria história da Aviação no país – e esse conhecimento é valorizado por todos os apaixonados pelo setor.
Tanto que a Azul deixou clara a sua honra de poder chamá-lo sempre de Tripulante e de comandante, ao entregar para Renato Mello uma placa e uma maquete de avião, simbolizando esse agradecimento.
“Desde o meu primeiro dia dessa minha jornada de 16 anos na Azul acreditei nesse projeto. E, movido pela minha paixão na Aviação, aceitei o desafio de ingressar na companhia desde o início. Ao longo desses anos, tive o prazer e o privilégio de trabalhar ao lado de profissionais dedicados e talentosos, que se tornaram mais do que colegas, se tornaram uma verdadeira família. Juntos, superamos desafios, celebramos vitórias e construímos algo extraordinariamente significativo. Levo comigo as memórias, os momentos inesquecíveis e a satisfação de ter contribuído para o sucesso dessa empresa que sempre acreditei”, retribuiu Mello, emocionado, junto da família e de amigos, e agradecendo por ter feito parte da história da Azul.
E ele não cita a sua atuação nos primeiros capítulos da Azul apenas como uma força de expressão. Mello, aliás, foi protagonista e estava na Tripulação que embarcou na Azul mesmo quando a companhia ainda não tinha aeronaves. Em 2008, até então, só acumulava experiências na pilotagem de Boeing, e precisou se preparar para pilotar a primeira aeronave da companhia, que foi um Embraer.
“Não tenho ninguém na família com história na Aviação que possa ter me inspirado, mas lembro da minha alegria quando meu pai me levava ao aeroporto. Eu tenho a lembrança dessa minha paixão desde a infância”, conta Renato Mello, sem saber que, na opinião do irmão Gerson, das filhas Renata e Júlia e do amigo comandante Mauro Piazza ele é que tem sido uma inspiração na vida de todos.
A filha Renata, aliás, mãe dos dois netos de Renato Mello, revela que o seu caçula, de 4 anos, talvez seja o único a seguir o exemplo e reforçar a tradição da família no setor. “Pietro, o mais velho, já decidiu que quer ser jogador de futebol, mas Santiago, que só conseguiu ter a experiência de estar com a avó em um simulador de voo, me contou que quer ser piloto”, explica.
Ela, que é formada em Publicidade e Marketing, e, junto com irmã Júlia, que mora fora do Brasil e seguiu a carreira de geógrafa, não se inspiraram no pai profissionalmente. Mas destacam – e sempre destacaram — outras habilidades e qualidades inspiradoras em Renato Mello fora do comando de uma aeronave ou das aulas no simulador.
Renato Mello é um “avô moderno. Pilota também lancha, é mergulhador, fala inglês fluente e é muito ativo e animado. “Ele já até passou um Carnaval comigo em Salvador”, revela Renata, que é a filha mais velha.
Ela também conta sobre um momento único em sua adolescência – que saiu em defesa do pai e que foi um elogio e tanto. Durante um voo comandado por seu pai, Renata estava sentada ao lado do filósofo e escritor Mario Sergio Cortella – que nem era tão famoso na época. E ela o acalmou durante uma turbulência. Cortella teria perguntado se Renata não estava com medo. “Não, porque o piloto é meu pai”, respondeu, acalmando de fato o filósofo.
Outro elogio que as filhas fazem ao pai – e que ele não deve saber, porque, como todo piloto, precisa estar ausente em muitos momentos em família – é o quanto foi presente, como pai e no papel da maternidade.
Renato perdeu sua esposa em 2011 e as filhas destacam que ele supriu a falta da mãe, como pôde. “Ele sempre encontrou alguma forma de se fazer presente”, reforça Renata.
Gerson, o irmão do comandante e que esteve presente na homenagem de despedida na Azul, também se inspira no profissionalismo de Renato Mello e tem certeza de que foi essa postura e dedicação que sempre o fizeram receber convites de trabalho e construir trajetórias longas e de sucesso em cada companhia e empresa que esteve.
Finalmente, o amigo e piloto Mauro Piazza fez questão de incluir nas lembranças a habilidade de Renato como churrasqueiro, mas quis mesmo destacar as lições e o exemplo que o colega de profissão deixa em quase cinco décadas de atuação na Aviação nacional – desde os tempos de piloto executivo até seus voos como comandante nas principais empresas aéreas, como, nessa ordem, RioSul, Varig, Gol e Azul.
“Renato é muito querido por seus amigos e conhecido por sua seriedade e dedicação como piloto. Possui uma larga experiência na Aviação e deixa um legado de ensino aos mais jovens e de companheirismo aos inúmeros colegas com quem conviveu”, completa.
Pela Assessoria de Imprensa da Azul Linhas Aéreas
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