Advogado é preso em PE por enviar vídeo íntimo à filha
Segundo a polícia, as mensagens foram enviadas no dia 16 de agosto. A tia da adolescente denunciou o caso e o homem foi preso no dia seguinte, mas liberado após passar por audiência de custódia.
A adolescente foi criada com a avó materna desde os 2 anos, depois que a mãe faleceu, e até esse ano não tinha contato com o pai, quando o vínculo começou a ser restabelecido. Os nomes dos envolvidos no caso não serão divulgados na reportagem para preservar a identidade da vítima.
Em outro momento, ele pergunta se ela "pode ver uma coisa", depois sugere que ela pode não gostar porque "é safado".
Após a recusa da jovem, ele insiste e chega a perguntar se ela ingere bebida alcoólica. Em seguida, o advogado envia um vídeo, apaga logo depois, e diz que o envio foi por engano.
No depoimento à polícia, o advogado disse que trocava mensagens com outra mulher no mesmo momento em que falava com a filha, e que por isso mandou por engano para a adolescente as mensagens de teor sexual que seriam para a mulher.
Ainda segundo a investigação, o advogado apresentou um print da conversa com essa outra mulher como prova, mas disse que não era possível mostrar as mensagens com a filha, pois as mensagens estavam configuradas como “temporárias” e foram apagadas automaticamente do aparelho.
Advogado é preso no Sertão de Pernambuco após enviar vídeo íntimo para filha adolescente
O suspeito afirmou ainda que tratava a filha de forma carinhosa, chamando-a de “amor” ou “painho” e que o encontro marcado com ela, que aparece nos prints, era um jantar em outra cidade, Canapi.
No depoimento, o advogado também chegou a alegar que o celular havia sido clonado e que a clonagem já tinha sido desfeita, mas não apresentou provas.
A adolescente contou à polícia que chegou a mostrar a conversa para um primo e depois bloqueou o contato do pai. Quando a tia dela soube da troca de mensagens, orientou a sobrinha a desbloquear o número para confirmar a autoria das mensagens e levou o caso à polícia.
Caso enquadrado na Lei Maria da Penha
A polícia informou que conseguiu junto à Justiça medidas protetivas contra o advogado, com base na Lei Maria da Penha. Diante disso, o suspeito não pode se aproximar da adolescente.
A vítima está recebendo acompanhamento da rede de proteção social do Município, incluindo o Conselho Tutelar.
O caso segue em investigação pela Polícia Civil e tramita em segredo de Justiça.
Fonte: G1
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