47% não votaria em Lula em 2018, diz Datafolha
Do ponto de viste eleitoral, o maior
beneficiado com a combinação de crise política e econômica não parece ser o
PSDB, principal opositor da presidente Dilma Rousseff, mas a hoje reclusa
Marina Silva (Rede), ex-senadora que ficou em terceiro na disputa pela
Presidência em 2014. É o que mostra a pesquisa Datafolha nos dias 25 e 26 com
3.541 entrevistas e margem de erro de dois pontos.
Na simulação que coloca o senador Aécio
Neves como candidato do PSDB, Marina avançou três pontos (de 18% para 21%) e
agora aparece tecnicamente empatada com o ex-presidente Lula (22%) na segunda
posição. O tucano lidera com 31%, mas tinha 35% na pesquisa anterior.
Quando o candidato do PSDB é o governador de
São Paulo, Geraldo Alckmin, Marina lidera isolada com 28%, seis pontos a mais
que Lula (que caiu quatro desde junho) e dez a mais que o tucano (que oscilou
dois para baixo).
Um dado que chama a atenção no levantamento
é a taxa de rejeição do ex-presidente Lula. Quase metade dos eleitores (47%)
dizem que não votariam nele de jeito nenhum. É uma taxa inferior apenas a
atribuída a Ulysses Guimarães (1916-1992) em pesquisas feitas em 1989, quando
disputou a Presidência pelo PMDB. Em agosto daquele ano, Ulysses amargou 52% de
rejeição, recorde até hoje.
Aécio é rejeitado por 24% atualmente; o vice
Michel Temer (PMDB), por 22%. Alckmin e Marina, por 17%.
O Datafolha mostra ainda que a imagem de
Lula como ex-presidente perde força com velocidade. Em 2010, ele era visto como
o melhor presidente que o Brasil já teve por 71%. Caiu para 56% no fim de 2014;
50% em abril; 39% agora. Apesar disso, segue líder.
Post a Comment