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Hospital das Clínicas da UFPE recebe neste sábado (23), pacientes de Manaus com Covid-19

 Ministério da Educação determina volta às aulas presenciais em janeiro. Hospital das Clínicas da UFPE

Para recebê-los, uma força-tarefa foi montada para redefinir os fluxos, reorganizar as equipes e redistribuir os leitos. Os pacientes de Manaus irão ficar internados na enfermaria de Doenças Infecciosas e Parasitária do HC – espaço que, em julho do ano passado, passou por requalificação estrutural para garantir mais conforto e qualidade para os pacientes e profissionais

“Estamos preparados para recepcionar os pacientes procedentes da capital amazonense portadores de Covid-19. Uma equipe do HC da UFPE estará já no aeroporto para realizar triagem do estado clínico para avaliação e encaminhamento dos pacientes para enfermaria ou UTI. Teremos a oportunidade enquanto hospital-escola de contribuirmos com a rede Ebserh e apoio dos gestores do SUS local nesta ação de caráter humanitário para acolhermos esses pacientes com o melhor que podemos oferecer: um tratamento integral e humanizado” afirmou o superintendente do HC-UFPE/Ebserh, Luiz Alberto Mattos.

O Hospital das Clínicas da UFPE/Ebserh possui vasta experiência no tratamento de pacientes com covid-19. De abril a dezembro de 2020, foram atendidos 403 pacientes com o novo coronavírus; foram realizadas dezenas de treinamentos e atualizações com as equipes; foi disponibilizado acesso gratuito a ferramentas que ajudam nas tomadas de decisões clínicas, além do desenvolvimento de atividades no campo do ensino, da pesquisa e da extensão. Atualmente, 58 estudos ligados à Covid-19 estão sendo feitos no hospital universitário, entre as mais de 100 pesquisas desenvolvidas pela UFPE sobre o assunto.

O HC também tem investido no teleatendimento para Covid-19: foram 2.282 teleconsultas e 3.559 teleorientações feitas por meio do Núcleo de Telessaúde da UFPE (Nutes) – unidade de saúde digital do HC. O HC-UFPE é um hospital universitário de grande porte e alta complexidade, que conta com quase três mil profissionais, distribuídos nas áreas médica, assistencial e administrativa, além de 330 residentes.

Operação Manaus
Desde o último fim de semana, o MEC têm recebido pacientes de Manaus por meio dos hospitais universitários federais da Rede Ebserh, com mais de 100 pessoas já acolhidas. Com a coordenação do Ministério da Saúde (MS), uma rede de apoio foi criada em todo o país para receber os pacientes de Manaus com Covid-19. Na quinta-feira (14), a Ebserh/MEC encaminhou um ofício ao MS disponibilizando, aproximadamente, 150 leitos, distribuídos em nove hospitais universitários federais que fazem parte de sua rede hospitalar a fim de ajudar o estado. Dos 150 leitos, 22 são de UTI e os demais de enfermaria. No sábado, esse número foi ampliado para 205 leitos.

Os primeiros chegaram em Teresina (PI) por volta de 12h da última sexta-feira (15). Em São Luís (MA), a chegada dos primeiros pacientes foi à noite, mas outros chegaram posteriormente à mesma unidade. No Distrito Federal, os pacientes foram recebidos na madrugada de domingo (17). Na segunda-feira (18), mais pacientes foram acolhidos no Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN/Ebserh), em Natal (RN), no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB/Ebserh), em João Pessoa (PB) e no Hospital das Clínicas de Goiânia (HC-UFG/Ebserh).

Além das cinco unidades, toda a infraestrutura necessária foi organizada com leitos exclusivos para executar a ação no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiânia (HC-UFG/Ebserh), no Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará (HUWC-UFC/Ebserh), em Fortaleza (CE), no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE/Ebserh), no Recife (PE), e no Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes da Universidade Federal de Alagoas (Hupaa-Ufal/Ebserh), em Maceió (AL).

Fonte: Unidade de Comunicação Social do HC-UFPE/Ebserh e Coordenadoria de Comunicação Social Ebserh sede.

Colapso na saúde de Manaus 

O governador do estado do Amazonas, Wilson Lima, disse em entrevista, que o Governo Federal tem sido um grande parceiro no combate à Covid-19 no Estado. Na conversa, o gestor estadual também apontou como causas do colapso na rede pública de saúde, a postura da população e das empresas que fornecem o oxigênio para as unidades hospitalares. Lima também disse que o Amazonas “se preparou em tudo o que era possível”.

“Não adianta só um ente fazer a sua parte se toda a sociedade não estiver envolvida nesse processo, vai ser enxugar gelo. A gente vai estar o tempo todo abrindo leitos hospitalares e o tempo todo esses leitos vão estar sendo ocupados”, afirmou o governador do Amazonas. “Veja o que aconteceu agora, em relação às festas clandestinas. As pessoas ali na balada, bebendo, usando às vezes o mesmo copo, aquele copo que passa de boca em boca, e aí essa pessoa acaba levando o vírus para sua casa”, afirmou.

O governador também disse em entrevista ao Site Metrópoles, que tomou medidas contra as empresas que fornecem o oxigênio para as unidades hospitalares de Manaus. O gestor quer que os mesmos sejam responsabilizados.

“O estado do Amazonas se preparou em tudo aquilo que era possível. Eu recebi o comunicado de que faltaria oxigênio efetivamente, que as empresas não teriam condições de abastecer na quantidade que a gente necessitava, durante a madrugada. E disseram que dali cinco horas teria hospital sem abastecimento”, disparou.

Crise no Amazonas

Com o agravamento da pandemia no estado do Amazonas, região Norte do Brasil, o chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza anunciou na última quinta-feira, 14 de janeiro, que o país vai disponibilizar de forma imediata oxigênio para as unidades hospitalares de Manaus.

O anúncio da doação foi feito nas redes sociais. Durante a semana, o sistema de Saúde de Manaus entrou em colapso, faltando oxigênio nos pontos onde estão sendo tratados os casos de Covid-19.

Além do anúncio da doação, o governo da Venezuela prestou solidariedade acima de tudo.

“Por instruções do Presidente Nicolás Maduro, Conversamos com o Governador do Estado do Amazonas, Brasil, Wilson lima disponibilizar imediatamente o oxigênio necessário para atender o contingente de saúde em Manaus. Solidariedade latino-americana acima de tudo!”, afirmou.

Após a publicação da Venezuela, o governador do Estado do Amazonas expressou um sentimento de gratidão e agradeceu a solidariedade dos venezuelanos. Wilson Lima repostou a publicação dizendo: “O povo do Amazonas agradece!”

Fonte: Portal de Prefeitura 

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