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Deformidades na coluna vertebral podem provocar sérios danos à saúde


A coluna vertebral do ser humano é uma estrutura complexa, responsável pelo equilíbrio e essencial para a mobilidade óssea. Ter consciência de que hábitos saudáveis relacionados, por exemplo, a uma boa postura pode evitar danos às vezes irreversíveis à saúde. Por ser uma estrutura versátil, está sujeita a diversos problemas que provocam deformidades. “Essas deformidades podem ser congênitas ou adquiridas e se dividem em escolioses, principalmente em crianças e adolescentes; escolioses degenerativas, no público de mais idade; alterações cifóticas ou lordóticas”, explica o Dr. Thiago Pedro, ortopedista especialista em coluna da clínica Seot – Santa Efigênia Ortopedia e Traumatologia, com sede em Caruaru.

A escoliose é identificada por um desvio em formato de C ou S e pode ser idiopática, quando não há uma razão precisa sobre o surgimento. E a escoliose degenerativa são mais comuns nos idosos. A hipercifose dorsal é o desvio que dá origem à corcunda, com inclinação para a frente do pescoço, ombros e cabeça, podendo ser congênita, adquirida (quando relacionado à osteoporose, osteomielite e traumatismos), e postural. A lordose é a curvatura da coluna no pescoço e na parte inferior das costas, sendo que neste local, quando muito acentuada, chama-se hiperlordose e acarreta dores intensas. Acredita-se que surge de forma natural ou pela má postura.

O ortopedista ressalta para as situações as quais deve-se ter atenção: “existem dois tipos de pacientes que chegam com deformidade da coluna no consultório: aquele que é criança ou adolescente e os pais ou responsáveis observam que ele tem algo diferente na coluna; e aquele em que um exame de raio-X prescrito por algum outro motivo apresenta um aspecto diferente que chama a atenção do colega especialista para o desvio. Ao serem identificados os casos, é imprescindível procurar um ortopedista imediatamente para que sejam tomadas as medidas necessárias para o tratamento, que vai depender da idade do paciente e do grau da deformidade”, ressalta.

As deformidades podem provocar dores permanentes em várias regiões da coluna, problemas posturais e até dificuldade de movimentação. O diagnóstico é dado pelo especialista em coluna, com exames físicos, medições e anamnese para saber da rotina do paciente. E o tratamento compreende alguns aspectos: “pacientes com baixo grau de desvio podem ser observados pelo especialista anualmente ou a cada seis meses, comparando radiografias; os que apresentam grau moderado precisam de órtese ou colete feito sob medida, com orientações médicas e que deve ser usado até o desenvolvimento ósseo completo; e os casos restritos, as exceções, são aqueles que vão evoluir para a cirurgia”, esclarece o ortopedista.

Para todos os casos, outro tratamento bastante indicado é a fisioterapia, que tem o intuito de fortalecer os músculos das costas e ajudar na postura, como relata o Dr. Thiago: “no caso da escoliose de baixo grau, por exemplo, cabe muito bem a fisioterapia de reeducação postural, o RPG, que terá uma resposta ainda melhor se associada à atividade física”. O ortopedista alerta que uma simples dor nas costas precisa ser investigada o quanto antes: ”O diagnóstico precoce é a chave do tratamento. Quando se percebe algo diferente na coluna da pessoa, seja criança, adolescente ou adulto, a busca por atendimento médico especializado é fundamental para um diagnóstico correto e o tratamento mais indicado”.

Claudio Rodrigues, Staff Comunicação

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