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Justiça Federal em Pernambuco sofre ataque cibernético e sistemas ficam fora do ar


A Justiça Federal em Pernambuco (JFPE) sofreu uma investida hacker na madrugada desta quarta-feira (6). Segundo a instituição, devido ao "ataque cibernético", o site e praticamente todos os sistemas da seção judiciária ficaram fora do ar.

O único sistema funcionando, informou em nota, é o Processo Judicial Eletrônico (PJe) 2.X. Com exceção desses processos, todos os outros prazos processuais, assim como os atendimentos virtuais e presenciais, ficam suspensos por tempo indeterminado.

O PJe 2.x é o sistema que abriga ações judiciais originadas em Turmas Recursais, que julgam os recursos das sentenças proferidas nos Juizados Especiais Federais, e nas ações em que figurem como demandados, perante os JEFs, partes distintas da União Federal e do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

Os recursos interpostos contra decisões em ações que já tramitam no PJe são protocolados no mesmo sistema, segundo resolução nº 9/2021 do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5).

O site da Justiça Federal ficou fora do ar e, segundo a instituição, o ataque afetou também a telefonia do sistema judiciário. O TRF5 funciona normalmente.

A JFPE informou que o setor de Tecnologia da Informação foi acionado para solucionar o problema. Não foram divulgados detalhes sobre que tipo de ataque cibernético foi realizado contra a instituição, nem se algum grupo assumiu autoria do atentado.

Outros ataques no Judiciário

Esse não é o primeiro ataque cibernético sofrido por tribunais ao redor do país. Em março, Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), em São Paulo, foi alvo de um ataque hacker que deixou indisponíveis todos os serviços prestados pela corte.

Em fevereiro deste ano, o Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo (TRT-ES) também sofreu um ataque semelhante.

Outro caso aconteceu em novembro de 2020, quando o Superior Tribunal de Justiça informou que o sistema de informática da Corte também havia sido invadido por um ataque hacker e o tribunal pediu investigação da Polícia Federal.

Em junho de 2021, a Polícia Federal também prendeu duas pessoas durante a Operação "LEET", que tinha o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida em ataques cibernéticos ao Supremo Tribunal Federal, ocorrido em maio daquele ano. As ordens de prisão foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes.

A tentativa de invasão tirou o site do STF do ar. Na ocasião, os técnicos afirmaram que não foram acessadas informações sigilosas, nem houve sequestro do ambiente virtual, como ocorreu com o Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2020.

Fonte: G1

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