Óleo nas praias: vistorias diárias são suspensas; origem das 'bolotas' em Pernambuco ainda é investigada
As vistorias diárias para verificar surgimento de óleo nas praias de Pernambuco foram suspensas, disse a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) nesta quinta-feira (8). A origem das “bolotas” ainda é investigada, após análise realizada na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ter resultado inconclusivo sobre relação com óleo surgido em 2019.
O monitoramento diário era realizado desde 25 de agosto. Segundo a Semas, houve uma diminuição da coleta de fragmentos nas faixas de areia nos últimos sete dias, o que motivou a decisão tomada pelo comitê de monitoramento da situação.
Não foi divulgado, no entanto, quanto foi coletado nesse período. Na primeira semana, foram 400 quilos (confira cidades afetadas mais abaixo).
O governo explicou que vai acompanhar a situação do litoral através da limpeza urbana dos municípios, que notificam o estado caso surja algo fora do comum.
Sobre a investigação da origem do óleo, a secretaria explicou que o Laboratório de Compostos Orgânicos em Ecossistemas Costeiros e Marinhos (OrganoMAR) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) encontrou "ambiguidades" nas amostras analisadas e, com isso, não foi possível cravar se é ou não o mesmo material de 2019.
Também foram enviadas amostras a outros laboratórios, como o da Marinha (veja vídeo abaixo). “Os exames e averiguações laboratoriais seguirão ocorrendo”, informou o governo, informando que monitora a divulgação desses outros laudos.
Não foram divulgados prazos para divulgar essas análises, nem qual outra entidade, além da Marinha e UFPE, recebeu fragmentos.
Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) disse que a população pode entrar em contato caso encontre fragmentos de óleo por meio do telefone da emergência ambiental da instituição, que é o (81) 99488-4453.
Além de Pernambuco, Paraíba, Bahia e Alagoas também notificaram vestígios de óleo em praias desde o fim de agosto.
Balanço
Desde 25 de agosto, foram contabilizados 13 municípios afetados pelo surgimento de óleo na areia, segundo a Semas. Não há notificação de manchas no mar, a exemplo do ocorrido em 2019.
O g1 questionou qual foi a quantidade, em quilos, coletada durante essas duas semanas, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.
Até esta quinta-feira (8), as seguintes cidades notificaram casos de “bolotas” em suas orlas: Olinda, Recife, Paulista, Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Ipojuca, Itamaracá e Igarassu, na Região Metropolitana, e Sirinhaém, Tamandaré, Barreiros, São José da Coroa Grande e Goiana, na Zona da Mata.
A secretaria reforçou que não há restrição ao banho de mar nas praias destes municípios. A orientação é para os banhistas, caso identifiquem um fragmento de óleo, evitem tocar no material e encaminhem a informação e a localização para a CPRH.
Fonte: G1
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