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O quadro com divindades africanas retirado no governo Bolsonaro volta ao Planalto


O quadro Orixás, da pintora Djanira da Motta e Silva, voltou para o Salão Nobre do Palácio do Planalto na última terça-feira (26). A tela tinha sido retirada do local em 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Criada nos anos 60, a obra retrata três entidades de religiões de matriz africana: Iansã, Oxum e Nanã.

No início do governo Lula, a primeira-dama, Janja da Silva, disse que a obra voltaria ao Planalto, mas alegou que a pintura havia sido danificada. Após passar por restauração, a tela foi exposta na mostra Brasil futuro: as formas da democracia, no Museu Nacional da República, em Brasília, além de figurar em exposições nas cidades de Salvador, Belém e Rio de Janeiro.

Questionada em 2019 sobre o motivo para a retirada da pintura do Salão Nobre do Planalto, a Secretaria da Presidência do governo Bolsonaro disse que a remoção foi realizada em razão de um “procedimento usual que visa o descanso e o rodízio das peças de arte como medida de conservação preventiva, conforme as boas práticas da museologia”.

Medindo 3,61 metros de largura por 1,12 metro de altura, Orixás foi pintado por Djanira em 1966 e teria valor estimado atualmente entre R$ 1 milhão e R$ 4 milhões. Famosa por retratar festas folclóricas, religiões, além de cotidiano de trabalhadores, como tecelões, colhedores de cafés e vaqueiros, a artista nasceu em Avaré (SP), em 1914, e morreu no Rio de Janeiro, em 1979.

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